Vasilhame de gás no Luena sobe para AKz 35 mil

     Economia           
  • Moxico     Sexta, 18 Dezembro De 2020    11h45  
Escassez de gás leva cidadãos a percorrer longas distâncias
Escassez de gás leva cidadãos a percorrer longas distâncias
Rosário dos Santos

Luena - O preço do vasilhame de gás de cozinha registou uma subida substancial nos últimos dias, passando a custar 33 a 35 mil kwanzas (AKz) contra os 18 mil, valor oficialmente fixado pelo Estado, constatou a ANGOP, na cidade do Luena, província do Moxico.

Numa ronda feita pela ANGOP, nos principais pontos de venda de gás, notou-se a procura frenética pelos vasilhames e seus acessórios (mangueiras e redutores), numa altura em que se aproxima o Natal e Ano Novo.

Há dois meses, os agentes oficiais e mercados paralelos comercializavam um vasilhame de gás 18 a 20 mil kwanzas, mas, desde o início do mês de Novembro que o preço disparou significativamente, estando uma botija a custar os AKz 33 a 35 mil.

Sobre isso, Luís Octávio, um comprador interpelado pela ANGOP, disse estar aflito face à subida vertiginosa do preço de uma botija de gás vazia, mas teve de comprar por falta de alternativas, gastando AKz 35 mil, metade do seu salário de Dezembro.

Já a funcionária pública Adelina José gastou todo o dinheiro para a cesta básica com a pretensão de reservar alimentação para casa e não restou nada nem mesmo para comprar um redutor de botija, que subiu de três mil para os actuais oito mil kwanzas. 

Por seu turno, Marcelina Domingas, vendedora ambulante, cansou-se pela procura dos produtos da Sniagás e disse que vai passar a cozinhar a carvão”, dada a falta de alternativas.

Os agentes revendedores oficiais dizem que estão há, pelo menos, três meses que não são abastecidos pelo Centro Regional Leste de Enchimento e Estocagem de Gás (Sonagás), por razões desconhecidas.

O gerente Yuri Apagel, que trabalha há cinco anos numa das agências de referência da cidade, afirmou a reportagem da ANGOP que a situação é tão difícil que nem mesmo a própria Sonagás consegue dar resposta plausível.

A ANGOP contactou a direcção regional da Sonagás, mas esta remeteu a questão para as estruturas centrais desta subsidiária da Sonangol. 





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