Huambo – O vice-governador para o sector Político, Social e Económico do Huambo, Angelino Elavoco, apelou, esta sexta-feira, à exploração do potencial turismo local, com vista a alargar os rendimentos económicos e assegurar a empregabilidade dos jovens.
O responsável falava na cerimónia de abertura da terceira edição do Fórum de Negócios e Conectividade, promovido pelo Grupo Media Nova, que congrega empresários, empreendedores, investidores e produtores de Angola e de países vizinhos, para discutir os desafios e as oportunidades do mundo dos negócios no século XXI.
O vice-governador disse que a região possui melhores terras aráveis, “Tarras Raras”, diamante, ouro, um sector financeiro que se consolida, cada vez mais, uma mão-de-obra qualificada, um mercado que representa perto de três milhões de consumidores, que constituem um mar de oportunidades para quem, de facto, tem visão de como fazer negócios.
Lembrou que depois de ter acompanhado a primeira e a segunda edição deste Fórum de Negócios e Conectividade, que já constitui uma marca do Grupo Media Nova, coincidência ou não, a terceira acontece na província do Huambo, quando bem aproveitados, são sempre uma grande oportunidade de comunicação para as empresas.
Angelino Elavoco ressaltou que eventos de género constituem sempre espaço de partilha, onde obter novos contactos, expandir áreas de negócio, criar sinergia com potenciais colaboradores ou fornecedores e facilitar a convergência entre diferentes agentes económicos.
Disse tratar-se de uma ferramenta poderosa de comunicação, cada vez mais utilizada como um ponto de encontro, entre potenciais clientes e empresas, onde podem ser comunicadas as principais linhas de acção e de interesse das partes.
Por isso, afirmou que o fórum constitui, certamente, uma janela de oportunidade para o mundo de negócios, para as classes empresariais locais expandirem as suas acções dentro e a nível da região da África Austral.
Por sua vez, o coordenador-geral do Grupo Media Nova, Pedro Bernardo Neto, iniciou por destacar a importância do evento, que junta aos esforços oficiais para encontrar soluções, que visam levar África e Angola, em particular, a uma autonomia alimentar.
Salientou o que a falta de alimento representa, principalmente, para as comunidades ou pessoas mais vulneráveis do país que, através de pequenos produtores, famílias camponesas, cooperativas agrícolas, agricultores ou fazendas, muito tem sido feito para minimizar a escassez de alimentos.
Pedro Bernardo Neto ressaltou que a guerra, entre a Rússia e a Ucrânia, agudizou a escassez de alimentos em África em cerca de 30 milhões de toneladas, nomeadamente, no que diz respeito aos grãos, como milho, soja e trigo que eram importados daqueles países.
Nesta altura, Angola tem um défice de sementes e insumos de alta qualidade, para permitir que a produção alimentar conheça um incremento nos tempos mais próximos, apesar dos esforços reconhecidos de instituições locais, como o banco Africano de Desenvolvimento e outras, que têm disponibilizado financiamentos para o sector agrícola.
O certame, com a duração de dois dias, aborda vários temas, com destaque para o Corredor do Lobito, créditos à produção e acesso aos fundos de financiamento, visa proporcionar um ambiente de trabalho para que os participantes possam estabelecer novas parcerias e fornecer uma perspectiva clara sobre o que há de mais moderno e inovador no mundo dos negócios.
O fórum de Negócios é já uma janela para concretização dos grandes objectivos, visando ultrapassar as barreiras que tornam os negócios, cada vez mais, dependentes, facilitando, assim a cooperação intra-africana, num processo de articulação social e económica, de intercâmbio científico, tecnológico, cultural e capaz de promover, os entes de ligação, com a classe empresarial.
No mercado há 15 anos, o Grupo Media Nova é detentor das marcas Rádio Mais, Jornal O'País, revista Negócios em Exame e revista Chiola e Plataforma. JSV/ALH
