Vice-governador destaca redinamização do Corredor do Lobito na economia

     Economia           
  • Huambo     Sexta, 12 Abril De 2024    17h06  
Vice-governador para o sector Político, Social e Económico da província do Huambo, Angelino Edmundo Elavoco
Vice-governador para o sector Político, Social e Económico da província do Huambo, Angelino Edmundo Elavoco
Zeferino Zinga-ANGOP

Huambo - O vice-governador para o sector Político, Social e Económico da província do Huambo, Angelino Elavoco, destacou hoje, sexta-feira, a importância na redinamização do Corredor do Lobito na promoção do desenvolvimento da economia nacional.

O responsável, que falava no IV Fórum BIC-RNA, realçou que a operacionalização do Corredor do Lobito constitui um factor de “extrema importância” para a integração regional entre Angola, Zâmbia e República Democrática do Congo (RDC), através do transporte ferroviário.

Disse que a redinamização do Corredor do Lobito que já não é apenas uma preocupação do Governo angolano, mas, também, de outros países interessados em tirar vantagem deste elemento estratégico para a economia nacional e regional, constitui um dos factores de que o agro-negócio da província pode servir para crescer.

Considerou que o Fórum BIC-RNA vai permitir que as várias sensibilidades que actuam no sector produtivo, de forma directa e/ou indirecta, reflictam sobre os caminhos a seguir, os constrangimentos a remover, a fim de tornar o agro-negócio feito no Huambo mais pujante e competitivo.

Angelino Elavoco lembrou que, para além do potencial que a província do Huambo dispõe no sector agrícola, em termos de terras férteis, disponibilidade de água em abundância e uma mão-de-obra qualificada servida pelas instituições de ensino e investigação, conta, igualmente, com infra-estruturas capazes de dinamizar o agro-negócio da região e garantir a segurança alimentar.

Com o Corredor do Lobito em desenvolvimento, acrescentou, a procura externa pela produção nacional tenderá a aumentar, daí a necessidade de os produtores estarem preparados para aumentar os níveis actuais de cultivo, para que a província seja capaz de atender às necessidades do mercado de consumo.

O vice-governador afirmou que a industrialização da província do Huambo constitui um outro elemento chave neste processo, razão pela qual o Governo local tem criado as condições, na perspectiva de providenciar para os operadores económicos condições básicas para que as indústrias se instalem em massa nesta circunscrição territorial.

“Temos de ser capazes de voltar a produzir e transformar localmente tudo o que consumimos, principalmente, no sector da indústria alimentar. É um caminho que temos de fazer juntos, com os bancos a conceder créditos sem excesso de burocracia, as instituições do Estado a facilitar e a viabilizar processos, os académicos a produzirem ciência e a promoverem a inovação no agro-negócio”, sublinhou.

Desta forma, acrescentou, será possível caminhar em conjunto na promoção do emprego, com foco no aumento das rendas das famílias e, por esta via, reduzir os níveis de pobreza, que são alguns dos principais objectivos de qualquer acção governativa.

Por sua vez, o administrador executivo do Banco Internacional de Crédito (BIC), Aleixo Afonso, disse que o IV fórum, em parceria com o grupo Rádio Nacional de Angola (RNA) constitui uma plataforma vital para compartilhar ideias e informações essenciais sobre o desenvolvimento da agro-indústria na região centro do país e não só.

Encorajou os participantes a contribuírem com as suas experiências, perspectivas e propostas inovadoras, para impulsionar o crescimento económico e sustentável da província do Huambo.

Frisou que o BIC tem sido um dos bancos líderes no sistema financeiro angolano, facilitando o acesso de serviços diversos, através de uma vasta rede de agências e produtos inovadores, para o fortalecimento da economia local.

Ao intervir no acto, o administrador executivo para área de Marketing e Intercâmbio da RNA, Sebastião Lino, disse que os temas em debate são de importância transversal, numa altura em que é, cada vez mais, necessário a diversificação da economia do país.

Referiu que abordar sobre o agro-negócio e o Corredor do Lobito constitui um privilégio para a RNA, contribuindo, desta forma, na promoção de eventos que aconselham para se saber mais das potencialidades locais e regionais, com o objectivo de despertar nos angolanos a necessidade de se fazer um país melhor.

Perspectivou que o IV fórum BIC-RNA produzirá indicadores úteis que podem se converter em iniciativas de benefícios colectivos, a julgar pelo potencial agrícola desta região do Planalto Central angolano, que faz parte do Corredor do Lobito.

Com a duração de um dia, estão em abordagem no evento, que decorre no Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR) do Huambo, “O fomento do agro-negócio e as suas políticas de financiamento” e “A indústria transformadora de alimentos e o crescimento económico do país”.

Sob o lema “A agro-indústria", estão, igualmente, em debate “O papel da banca e o apoio às iniciativas empresariais” o “Impacto da construção de plataformas logísticas ao longo do Corredor do Lobito no desenvolvimento socioeconómico da região”, “As estratégias do governo para o fomento da produção de trigo” e o “Impacto da produção em grande escala de cereais e grãos no Bié”.

O III Fórum RNA-BIC decorreu a 7 de Dezembro de 2023, na cidade ferroportuária do Lobito, província de Benguela. ZZN/JSV/ALH





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