Mbanza Kongo – Os camionistas que frequentam a rota Luanda/Cabinda, com trânsito na província do Zaire e República Democrática do Congo(RDC), acreditam que será alcançado, em breve, um acordo com o país vizinho sobre regulação das taxas aduaneiras recíprocas.
De acordo com o presidente da Associação Dos Transportes Rodoviários de Mercadorias de Angola(ATROMA, António Gavião Neto, que falava esta sexta-feira à imprensa, em Mbanza Kongo, o optimismo reside no facto de estarem a decorrer conversações entre Angola e a RDC, para o efeito.
O responsável explicou ter recebido garantias do Conselho de Administração Geral Tributária(AGT) e da Agência Nacional dos Transportes Terrestres de Angola(ATTA), de que em breve pode ser assinado um acordo nesta matéria.
Enquanto se aguarda por um diploma de consenso, o presidente da ATROMA disse que os seus associados continuarão a pagar as actuais taxas aduaneiras praticadas pelo país vizinho, que rondam os mais de quatro mil dólares, por cada camião angolano que transita por aquele território.
“ Temos informação de que o Executivo está empenhado para que, dentro de sete dias, seja aprovado um diploma que vai harmonizar a tabela das taxas aduaneiras de ambos os países”, asseverou.
O responsável disse que a preocupação do Executivo Angolano, em relação a esta problemática, conforta a classe dos camionistas nacionais e demonstra o interesse de se equacionar a desproporção das taxas praticadas pelos serviços aduaneiros dos dois países.
Na ocasião, pediu aos membros da associação e outros operadores a aguardarem com calma e serenidade as orientações do governo angolano.
Refira-se que, os camionistas do congo democrático, que transitam em território angolano, pagam apenas 50 dólares.
A Associação dos Transportes Rodoviários de Mercadorias de Angola (ATROMA) anunciou, no último sábado, em Mbanza Kongo (Zaire), a paralisação da circulação dos camiões na rota Luanda/Cabinda, em protesto à medida unilateral das autoridades congolesas em elevar as taxas aduaneiras.
A ATROMA existe há 20 anos no país e controla 50 associados e uma frota de cinco mil viaturas de transporte de mercadorias. A agremiação tem por objectivo a defesa dos direitos dos camionistas nacionais. DA/PMV/AC