Soyo – Cerca de 20 toneladas de cana-de-açúcar estragam-se, anualmente, na comuna do Quêlo, município do Soyo, província do Zaire, por falta de escoamento para os grandes centros de consumo.
A informação foi avançada esta quarta-feira, à ANGOP, por agricultores daquela localidade, tendo apontado o mau estado da estrada de acesso como a principal causa da deterioração de quantidades consideráveis da produção local.
Para o representante da cooperativa Deus Pátria e Família, Filipe Maria Kanga, das vinte toneladas de canas-de-açúcar produzidas anualmente, apenas quantidades insignificantes são aproveitadas e transformadas em bebidas caseiras.
Por sua vez, a camponesa Maria Helena Adelina queixou-se também da deterioração, todos os anos, de quantidades consideráveis de outros produtos do campo, com destaque para o tomate, a cebola, feijão, mandioca, batata-doce e citrinos, devido, igualmente, ao estado avançado de degradação da estrada que liga a comuna do Quêlo à sede municipal do Soyo.
Para o efeito, solícita às autoridades competentes para a inclusão das associações e cooperativas agrícolas locais no Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), por formas a facilitar a comercialização do excedente.
Para si, uma orientação técnica do Gabinete Provincial de Desenvolvimento Económico Integrado, ajudaria os agricultores locais a habilitarem-se ao PRODESI, com a criação de parcerias para encontrar mecanismos viáveis para o aproveitamento da produção local.
O administrador comunal do Quêlo, Raul Lau Alfredo, reconheceu as dificuldades por que passam os camponeses locais no escoamento da produção, assim como a fraca informação sobre alguns programas do Executivo virados ao empreendedorismo.
Relativamente ao PRODESI, o administrador comunal informou que sete (7) processos de 12 cooperativas agrícolas da circunscrição estão em fase de análise para a sua validação nos próximos dias.
Situada a 180 quilómetros da cidade do Soyo, a comuna do Quêlo tem uma população estimada em mais de quatro mil habitantes.
