Mau estado da via de acesso retarda desenvolvimento do Cuimba

     Economia           
  • Zaire     Segunda, 16 Agosto De 2021    15h17  

Mbanza Kongo - Os munícipes do Cuimba, província do Zaire, consideram que o desenvolvimento sócio-económico da circunscrição passa necessariamente pela reabilitação da estrada de acesso.

Alguns moradores, que falaram à Angop esta segunda-feira, apontaram o péssimo estado deste troço de terra batida como a principal causa da ausência de investimentos privados nesta localidade situada a 62 quilómetros a noroeste da cidade de Mbanza Kongo, capital da província.

Eduardo Nguinamau, funcionário público, antevê maiores dificuldades na circulação de viaturas neste troço, que disse estar cheio de buracos e capim, com o reinício da época chuvosa.

Pediu, por isso, para que sejam retomadas as obras de reabilitação desta estrada, paralisadas há mais de três anos, de modo a facilitar, também, o escoamento da produção agrícola para os mercados de consumo de Mbanza Kongo e Luanda.

“Sem estrada em condições não há desenvolvimento possível de qualquer localidade”, enfatizou.

O agricultor António Lulendo contou que o mau estado da estrada impossibilitou-lhe de concretizar uma parceria com um fazendeiro nacional, que havia manifestado o interesse de investir no Cuimba.

“As negociações com este fazendeiro estavam bastante avançadas, mas o mesmo desistiu, depois de visitar o Cuimba e constatar o estado da estrada de acesso”, lamentou.

Isabel Melinda, que se dedica ao comércio informal de frescos no Cuimba, revelou que, numa das suas viagens a Mbanza Kongo, para a aquisição do produto, a viatura que a transportava despistou-se para um enorme buraco na via, tendo perdido grandes quantidades de peixe fresco e frangos.

“Tive prejuízos enormes com aquele acidente, mas, graças a Deus, todos os ocupantes da viatura saímos ilesos”, sublinhou.

Sebastião Nenganga, um dos sobas do Cuimba, disse desconhecer as causas da paralisação das obras de reabilitação da estrada de acesso ao seu município, lamentando a demora para a concretização do projecto.

“Acreditamos que o nosso Governo central vai fazer tudo para concluir com as obras de reabilitação da nossa estrada”, disse.

Enquanto se aguarda por solução definitiva, o soba defendeu uma intervenção paliativa, ou seja, obras de terraplenagem, de modo a facilitar a circulação de pessoas e bens neste troço.

José Fula, automobilista, considerou lastimável o estado actual da via rodoviária Mbanza Congo/Cuimba e apela à inversão do quadro.

Adão Joaquim, também motorista, antevê que muitos colegas de profissão deixarão de frequentar o referido troço rodoviário, com o reinício das chuvas.

As obras desta estrada, a cargo da empresa “TEA”, em fase de desmatação e terraplenagem de poucos quilómetros do troço, encontram-se paralisadas há mais de três anos por alegadas dificuldades financeiras, segundo uma fonte a que Angop teve acesso.

Cuimba é o terceiro município mais populoso da província do Zaire, depois do Soyo e de Mbanza Kongo, com uma população estimada em cerca de 70 mil habitantes, distribuídos pelas comunas de Cuimba (sede), Luvaka, Serra de Kanda e Buela.

 

 

 





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