Cooperativas organizadas recebem equipamentos

     Economia           
  • Zaire     Sábado, 27 Fevereiro De 2021    12h00  
Equipamento para agricultura mecanizada
Equipamento para agricultura mecanizada
Aurélio Janeiro/arquivo

Mbanza Kongo- O secretário de Estado para a Acção Social, Lúcio Amaral, aconselhou, na sexta-feira, os ex-militares na província do Zaire a se organizarem em cooperativas se quiserem habilitar-se aos kits de tractores agrícolas adquiridos pelo Executivo.

O Executivo dispõe de 500 tractores agrícolas para distribuir, a título de crédito, aos ex-militares de todo o país, 50 dos quais foram já cedidos aos assistidos nas províncias de Benguela, Huambo, Huíla e Cuanza Sul.

No total, 260 cooperativas agrícolas estão catalogadas na base de dados do IRSEM, a nível nacional.

Em declarações à imprensa, o responsável lembrou como critérios de elegibilidade a legalização das cooperativas agrícolas, que devem estar integradas por ex-militares e das respectivas terras de cultivo.

O secretário de Estado avaliou a organização de algumas cooperativas dos ex-militares em Mbanza Kongo e disse que não gostou do que viu, pelo facto de constatar que os campos de cultivo estão em estado de abandono.

Por este motivo, adiantou ser difícil que estas associações agrícolas beneficiem dos kits de tractores agrícolas, salvo se trabalharem fortemente para atingirem o nível de organização que se exige.

Explicou que cada cooperativa organizada tem o direito de um tractor com respectivas alfaias, número que pode ser acrescido em função da quantidade de hectares preparados e cultivados.

Disse que, a par de tractores, o programa de apoio aos ex-militares comporta, ainda, uma componente financeira, por intermédio do Fundo de Apoio à Agricultura (FADA) e do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA).

Neste âmbito, o director executivo do FADA, Manuel Pedro, anunciou que o valor máximo do financiamento a conceder a cada cooperativa de ex-militares é de até Akz 10 milhões, frisando que se trabalha na divulgação desta linha de créditos para que os destinatários possam se candidatar.

Por sua vez, o chefe interino do Instituto de Reintegração Socio-profissional dos Ex-militares  (IRSEM) na província, Afonso Longo, finformou que apenas seis cooperativas locais estão em via de legalização, por cumprirem os requisitos exigidos, num universo de 18 cooperativas que o seu organismo controla.





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