Lubango – Mil e 282 alunos que padecem de deficiência e transtornos neurológicos e integrados num programa de neurodesenvolvimento do Gabinete Provincial da Educação, na Huíla, registam evolução na aprendizagem, por meio de aulas de braille e gestual, no âmbito do processo de inclusão escolar.
O neurodesenvolvimento pode ser definido como o conjunto de habilidades no qual a criança passa a interagir com o meio que o rodeia. No entanto, esse contacto dá-se de forma dinâmica e é determinado pela idade, maturidade, estímulos presentes no ambiente de convivência e os factores biológicos.
Trata-se de 925 alunos do ensino primário, 263 do I Ciclo e 94 do II Cilco do Ensino Secundário, matriculados em 186 escolas, umas delas é a do Ensino Especial fixada no bairro Mapunda, arredores do Lubango.
Segundo a directora provincial da Educação, Paula Joaquim, que falava na abertura de um workshop sobre desafios do neurodesenvolvimento em Angola, os alunos nessa condição são avaliados pela dinamização dos serviços de diagnóstico e intervenção clínica ou terapêutica, a partir do hospital Pediátrico “Pioneiro Zeca”.
Fez saber que na Huíla, esses menores têm aulas de habilidades sensoriais (visão e a audição), manipulação, comunicação e a linguagem, comportamentos, afectos, emoções, motricidade global e competências cognitivas verbais e não verbais.
Fez saber que a falta do controlo do neurodesenvolvimento produz transtornos de desenvolvimento intelectual, de comunicação, do espectro autista, deficit de atenção/hiperactividade, motores e específico de aprendizagem.
Afirmou que os mesmos tem sido igualmente acompanhados por médicos, terapeutas ocupacionais e da fala, psico-pedagogos, entre outros especialistas.
“O caminho de uma sociedade cada vez mais inclusiva, impõe o encetamento de contactos e a realização de actividades que nos permite compreender as condições neurológicas que estão na base do desenvolvimento atípico, isto é, crianças, adolescentes, jovens e adultos, como forma de assegurar o usufruo dos direitos à saúde, educação e outros der natureza fundamental”, - disse.
Durante três dias os participantes vão aprender conhecimentos técnicos e científicos, o desafio do neuro-desenvolvimento em Angola, sinais de alarme no neuro-desenvolvimento, autismo, paralisia cerebral.
O evento é uma realização do governo local, através da educação, saúde e o hospital Pediátrico do Lubango “Pioneiro Zeca”. Junta especialistas em pediatria e formação sobre inclusão escolar de Angola e Brasil, na perspectiva de troca de experiências no processo do neuro-desenvolvimento.
