Huambo – As inscrições de candidatos às mil e 70 vagas disponíveis na Universidade José Eduardo dos Santos (UJES), no Huambo, encontram-se suspensas há duas semanas, devido a problemas técnicos no Portal do Ministério Das Finanças.
Criado por força do Decreto Presidencial 124/20, o portal do Ministério das Finanças é um instrumento de arrecadação de receitas por via da cobrança de emolumentos e propinas nas instituições de ensino superior públicas no país.
A informação foi confirmada hoje, segunda-feira, à Angop, pelo reitor da UJES, Cristovão Simões, salientando que a plataforma electrónica tem apresentado problemas técnicos de difícil manuseio, desde o passado dia 02, altura do início das inscrições.
Por este motivo, conforme o académico, a instituição viu-se obrigada a suspender as inscrições, até que sejam superados os constrangimentos verificados no manuseio do portal.
Disse que o instrumento legal orienta que, a partir do ano académico 2021/2022, o pagamento das propinas e dos emolumentos dos estudantes e candidatos ao ensino superior, mediante o meio electrónico, passa a ser regido pelo Ministério das Finanças.
Deste modo, prosseguiu, as instituições públicas de ensino superior estão proibidas de receber dos estudantes qualquer comparticipação financeira dos serviços por elas prestados.
Todavia, Cristóvão Simões adiantou que esforços estão a ser envidados para se ultrapassar os problemas técnicos do portal, através do suporte da Delegação de Finanças na província do Huambo, que capacitou os quadros das unidades orgânicas da Universidade José Eduardo dos Santos.
Para o ano académico 2021/2022, Cristóvão Simões informou estarem disponíveis mil e 70 vagas para as seis unidades orgânicas da UJES, sendo 60 para a Faculdade de Ciências Agrárias, 95 para a de Direito, 220 para a de Economia, 40 para a de Medicina, 70 para a de Medicina veterinária e 585 para o Instituto Superior Politécnico.
No académico 2020/2021, esta instituição havia admitido 930 estudantes.
O funcionamento da Universidade José Eduardo dos Santos, fundada em 2009, é assegurado 500 professores, entre angolanos e estrangeiros, ao passo que a população estudantil está estimada em dez mil.