Cabinda – Vinte e três professores da Escola Consular angolana na cidade de Ponta-Negra, República do Congo, começam a receber, este mês, os salários em atraso de dois anos.
Falando à ANGOP na cidade de Ponta-Negra, o presidente da comunidade angolana, José António Yoba, disse que os 29 efectivos da escola, dos quais 23 professores, iniciaram o processo da abertura das contas bancárias para receberem os salários.
José António avançou que a abertura das contas bancárias torna o processo de pagamento mais seguro e sem constrangimentos ou atrasos nos próximos tempos.
"É um processo que as instituições do Ministério da Educação (MED) em colaboração com a Embaixada de Angola no Congo e Consulado Angolano para Ponta-Negra e Kouilou entenderam como mais viável para a resolução do problema salarial dos professores", reforçou.
O responsável referiu ainda que um montante está já disponibilizado para o pagamento dos salários em atraso (dois anos).
"Estamos muito satisfeitos com a solução deste problema. É um alívio e reforça a confiança no seio dos professores que têm enfrentado dificuldades no seu dia-a-dia para acudir várias situações relacionadas com a vida social e económica", disse.
Uma delegação multissectorial angolana, constituída por técnicos dos ministérios das Relações Exteriores (MIREX), da Educação e das Finanças, esteve no mês de Junho deste ano na cidade de Ponta-Negra para negociar com as autoridades locais a legalização oficial da escola consular angolana e o seu reconhecimento, no âmbito da estrutura educacional da República do Congo Brazzaville.
A escola consular angolana em Ponta-Negra, adstrita ao Ministério da Educação, foi legalizada pelo Governo Angolano em 2006, com o intuito de garantir um processo de ensino e aprendizagem em português aos angolanos que se encontram naquela região. No presente ano lectivo estão matriculados 230 alunos da iniciação a 9ª classe.