Benguela – Cerca de 500 mil alunos em 10 províncias do país poderão beneficiar, até 2027, do programa de Merenda Escolar “É Bem Barato Ajudar”, do Grupo Carrinho, para melhorar os níveis de aprendizagem no ensino primário, soube-se hoje.
Empregando, actualmente, mais de 5.400 colaboradores em todo o país, o Grupo Carrinho inaugurou em 2019, em Benguela, um Complexo Industrial com 17 fábricas, visando promover a produção nacional através do armazenamento e transformação de produtos alimentares.
Trata-se de uma imponente unidade industrial de produção e embalamento de arroz, açúcar, fuba, farinha de trigo, cereais de pequeno-almoço, bolachas e bolos, massa e óleo alimentares, maionese e molhos, margarina, leite condensado, rações, sabão, carnes e vinagre.
Em conferência de imprensa alusiva aos 30 anos da empresa, Rui Carrinho, o vice-presidente do grupo, anuncia a extensão do programa de Merenda Escolar para mais três anos em 500 escolas do ensino primário, em parceria com o Ministério da Educação.
Deu a conhecer que, neste momento, são servidos mais de 244 mil lanches por dia, constituídos de papas, bolinhos e chocapic com leite, mas a ideia é aumentar para 500 mil merendas até 2027.
Explicou que a Merenda Escolar é um programa da organização, concebido inicialmente para três anos, reiterando o objectivo de aumentar a cobertura para que possa chegar a mais alunos nas localidades abrangidas.
Daí assegurar a continuidade do programa, no âmbito da responsabilidade social da empresa, ao reconhecer os benefícios desta iniciativa para combater o absentismo e a evasão escolar por parte das crianças mais necessitadas.
Rui Carrinho também disse estarem criadas as condições para que, a partir da próxima segunda-feira, os alunos comecem a receber as merendas nas escolas contempladas pelo programa desde o seu lançamento.
Especialistas destacam iniciativa da Carrinho
A propósito, especialistas ouvidos pela ANGOP concordam com a visão do Grupo Carrinho quanto à extensão do programa de Merenda Escolar “É Bem Barato Ajudar”, pois atrai as crianças às escolas, evitando desistências.
O sociólogo Nelo Rogério destaca os benefícios sociais desta iniciativa, por responder às necessidades nutricionais dos alunos, sobretudo de famílias carenciadas, ajudando no combate à fome.
O especialista sugere, por isso, a incorporação de produtos do campo, como a batata-doce, a mandioca e a soja, nas escolas situadas em zonas mais recônditas.
A mesma opinião tem a jurista Maria Mutambi, que reconhece o contributo da merenda no aumento da motivação dos alunos e, por conseguinte, do aproveitamento escolar no ensino primário.
“Muitos alunos encontraram na merenda um factor motivacional para continuar a estudar, porque com a fome sentiam-se desmotivados”, salientou, defendendo mais iniciativas do género.
A seu ver, graças à distribuição da merenda escolar do Grupo Carrinho, os níveis de assiduidade e pontualidade das crianças estão melhores do que antigamente, bem como reduziram os níveis de reprovação. JH/CRB