Malanje- A I Conferência Científica Internacional da Universidade Rainha Njinga A Mbande, encerrada hoje, recomendou o reforço do financiamento dos centros de investigação científica do país, visando melhorar a performance dos investigadores.
O evento recomendou ainda maior interacção entre as instituições de ensino superior do país e as empresas no domínio da investigação e desenvolvimento, bem como a aproximação da universidade junto das comunidades, na busca de soluções para os seus problemas.
De acordo com o comunicado final, constam igualmente das recomendações, a dinamização da cooperação entre a Universidade Rainha Njinga A Mbande (URNM) e o sector agro-pecuário local, a fim de se melhorar a cadeia de valor dos produtos disponibilizados ao mercado.
Neste sentido, os investigadores apelaram à adaptação ao contexto angolano da experiência da África do Sul no apoio às pequenas iniciativas agrícolas, em prol do aumento da produção nacional.
Por outro lado, encorajaram a valorização da história e seus protagonistas, bem como a divulgação do percurso histórico da Rainha Njinga A Mbande, Soberana do Reino do Ndongo entre 1624 e 1626 e fundadora do Reino da Matamba, que reinou de 1631 até a sua morte em 1663.
Entretanto, o reitor da referida Universidade, Eduardo Ekundi Valentim, anunciou a realização bienal da Conferência Científica Internacional, de modos a impulsionar a investigação na região.
Fez saber que a URNM está a desenvolver vários projectos, com destaque para a produção do soro antiofídico, da merenda escolar a partir de produtos de origem animal e vegetal, de plantas medicinais, para além da criação do Centro de Apoio Psicossocial e outras iniciativas de saúde pública.
Enquadrado no âmbito das festividades alusivas do terceiro aniversário da instituição, a assinalar-se a 17 deste mês, e dos 360 anos desde o falecimento da Rainha Njinga A Mbande, a Conferência Científica visou divulgar os resultados de trabalhos científicos, inovação e de desenvolvimento, realizados nos últimos tempos.
O evento foi presidido pela Secretária de Estado para Ciência, Tecnologia e Inovação, Alice Almeida, e prestigiado pelo vice-governador de Malanje para o Sector Político, Económico e Social, Franco Mufinda e teve a participação de investigadores de Angola, Estados Unidos da América, França, Brasil, Portugal, África do Sul, Cuba e Moçambique.
Estiveram em abordagem temas como vida e legado da Rainha Njinga A Mbande, saúde preventiva, bem-estar e segurança alimentar, espécie de vibrio protogénico humano em comunidades agrestes africanas, docência e ansiedade, relação entre a violência física e outras formas de maus-tratos intra-familiares em adolescentes grávidas, entre outros. ACC/NC/PBC