Huambo – O coordenador da organização não-governamental angolana Rede da Educação para Todos no Huambo, Abel Maravilhoso José, defendeu, esta sexta-feira, o envolvimento dos cidadãos na fiscalização orçamental do ensino público, para o cumprimento dos objectivos preconizados.
O responsável, que falava numa palestra sobre “Finanças públicas e monitoria das políticas de educação", afirmou que o envolvimento dos cidadãos na fiscalização dos orçamentos, disponibilizados para o sector da educação, vai permitir o cumprimento das metas do Executivo, com base na cooperação com organizações internacionais ligadas ao processo de ensino/aprendizagem.
Com a fiscalização, disse, serão melhor distribuídos os manuais escolares aos alunos, principalmente, em zonas recônditas do país, o que vai tornar o ensino mais inclusivo e equitativo na sociedade.
Por isso, Abel Maravilhoso José sugeriu a construção de escolas em função das taxas de natalidade do país, de maneiras a não se registar crianças foram do sistema do ensino/aprendizagem
Por sua vez, o economista Alfredo Bacia, ao abordar o tema sobre “Finanças públicas do país”, considerou que as políticas públicas passam, essencialmente, por melhor coordenação das receitas e realização de despesas na sociedade, que repercutem no bem-estar das famílias.
Disse que o processo das finanças públicas do Estado passa pela planificação, arrecadação de receitas e execução das acções.
Considerou que Angola tem vindo a aumentar na fatia ligada ao sector social, o que demonstra a intenção do Executivo em aliar-se aos compromissos internacionais, que é de elevar a fatia da educação para 20 por cento no próximo orçamento geral do Estado.
Participaram do encontro membros da sociedade civil, instituições da província ligadas ao ensino, que apresentaram temas ligados à educação no país.
Rede de Educação para Todos é uma organização não governamental angolana que trabalha em questões ligadas a questões do ensino do país em diversas franjas da sociedade.