São Vicente (Da enviada especial) - As instituições do ensino superior (ies) devem desenvolver sistemas internos, assim como processos e procedimentos para garantia da qualidade, afirmou, esta quinta-feira, em Mindelo, a professora da Universidade Lusófona de Portugal, Maria de Lurdes Machado.
Segundo a docente, que abordou, numa mesa redonda, “Avaliação de qualidade, internacionalização e investimento: mudanças e impactos”, inserido 1º Congresso Internacional sobre “Ciência, Inovação e Desenvolvimento da Lusofonia”, os processos devem ser internos, externos e outros a serem analisados pelas agências mundiais de avaliação da qualidade.
Para a docente, a qualidade é um grande desafio, avançando que o ensino superior no mundo tinha 260 milhões de estudantes em 2016, e, de acordo com as projecções da UNESCO, esse número deve atingir 600 milhões em 2040.
Para se atingir a qualidade, disse, existem vários desafios mundiais, desde a globalização, a internacionalização e as exigências do mercado de trabalho que precisa de estudantes competentes.
Maria de Lurdes Machado informou haver estudos que apontam que 36 por cento dos diplomados das ies a nível mundial não adquirem ganhos cognitivos ao longo da sua formação.
Neste âmbito, avançou, são colocadas questões sobre o que se ensinar aos estudantes para adquirirem as competências necessárias para lidarem com os desafios mundiais, desde competências emocionais, linguísticas e digitais.
Enalteceu a importância do congresso, por, no seu entender, produzir o manifesto de Mindelo, bem como o repto lançado pela Vice-Presidente de Angola, Esperança da Costa , para que a segunda edição seja realizada em Luanda.
“O repto lançado pela Vice-Presidente de Angola demonstra que a nível político existe a preocupação d3 se apostar na criação de iniciativas para colocar as ies no leque das melhores do mundo e garantir que os diplomados adquiram competências necessárias para concorrerem no mercado de trabalho”, frisou.
Parabenizou a Universidade Lusófona de Cabo Verde em realizar o evento, cuja cerimónia de abertura foi presidida pelo Presidente de Cabo Verde, José Maria Pereira Neves, e a Vice-Presidente de Angola, Esperança da Costa. PA/VM