Lubango – O ensino das línguas nacionais nas escolas seleccionadas da província da Huíla está a enfrentar algumas dificuldades, desde conteúdos, material didactico e até de professores.
Falando hoje, segunda-feira, a apropósito do Dia Internacional da Língua Materna, o coordenador provincial das Línguas Nacionais, Ezequiel Cambindangolo, disse que o problema é visível, sobretudo nos municípios.
Apontou até a falta de compromosso de alguns directores de escola para com a causa, ressaltando que na Huíla são ensinadas o nyankeka, umbundu, cokwe e nganguela.
Fez saber que na província 24 mil alunos estão desde 2015 a aprender essas línguas em 150 escolas do primeiro ao secundo ciclo, através do processo de introdução da língua materna no currículo escolar, num processo assegurado por 450 professores.
Encontro marca efeméride
O Inspector provincial da Educação Paulo Nobrega destacou a importância dessas línguas no ensino e o seu uso na administração pública.
Falando na abertura, do segundo encontro sobre línguas maternas, uma promoção do gabinete provincial da Educação, o inspetor realçou que o governo da Huíla se congratula com o trabalho empreendido até agora nesse capítulo.
Detalhou que a nível da Huíla, com excepção dos municípios de Caconda e Chipindo, já são ministradas as aulas nos outros 12.
A língua materna é a primeira língua de comunicação que uma criança aprende e que geralmente corresponde ao grupo étnico-linguístico com que o individuo se identifica culturalmente.
O Dia Internacional da Língua Materna foi instituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 1999 e é comemorado por todos os países membros. A efeméride visa promover e preservar todas as línguas faladas pelas populações de todo o mundo.