Lisboa (Da correspondente)- A ministra angolana da Educação, Luísa Grilo, apontou, quinta-feira, em Lisboa (Portugal), a UNESCO como um dos parceiros no desenvolvimento da educação a nível da CPLP.
Para a governante, a presidência de Angola pretende trazer para o centro da CPLP a participação e a contribuição da UNESCO, tendo em conta a melhoria da qualidade e a implementação de acções com eficiência e eficácia.
Falando em conferência de imprensa, após a II Reunião dos Minstros da Educação da CPLP, Luísa Grilo realçou o facto de todos saberem o valor que a UNESCO tem, assim como outros órgãos das Nações Unidas.
Luísa Grilo enfatizou o facto de a UNESCO estar a trabalhar com a CPLP, daí a sua diretora-geral adjunta para a Educação ter sugerido, na sua intervenção na reunião ministerial, a necessidade de trabalharem "juntos na cooperação multilateral no domínio da educação, sobretudo com foco no curriculum e na organização, para a mobilidade de estudantes e para a capacitação dos professores" nas realidades dos respectivos países.
A ministra falou da importância da aproximação, dos desafios existentes e da partilha de experiência que cada um dos países tem vindo a experimentar com vista a se atingir, cada vez mais, a melhoria desejada nos sistemas de educação.
Para a ministra angolana, o facto de a UNESCO se ter disponibilizado para trabalhar e ir buscar parceiros e se ter manifestado ainda para disponibilizar especialistas para participarem no domínio dos currículos já é uma "contribuição financeira importante".
Por isso, a ministra considerou que o aspecto mais importante foi "a junção de sinergias", de entre "as internas, primeiro, dos Estados-membros", mas também com a UNESCO, por exemplo.
Além disso, sublinhou a vontade que existe, quer do ponto de vista das autoridades políticas, como dos ministros da Educação", de tornar a comunidade visível, não apenas nos nove países, mas também ao nível internacional.
Durante a reunião, os ministros abordaram ainda "a recuperação das aprendizagens perdidas", por causa da pandemia de Covid-19.
"O que estamos a tentar propor aqui é que exista, dentro da comunidade, um plano de contingência para a educação em contextos de emergência (...), para nós precavermos de situações futuras", concluiu a ministra da Educação de Angola.
A sessão de abertura da reunião ministerial contou com as intervenções da ministra da Educação de Angola, enquanto representante da presidência em exercício da organização, do secretário-executivo da CPLP, Zacarias da Costa, e da diretora-geral adjunta da Educação da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Stefania Giannini.
Os nove Estados-membros da CPLP são Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.