Gravidez precoce coloca 34 por cento de meninas fora do sistema de ensino

     Educação           
  • Luanda     Quarta, 27 Setembro De 2023    16h13  
Ministra da Educação, Luísa Grilo (arquivo)
Ministra da Educação, Luísa Grilo (arquivo)
Joaquina Bento-ANGOP

Luanda - Angola conta com 34 por cento de meninas adolescentes fora do sistema do ensino em consequència, entre vários factores, da gravidez precoce, afirmou, nesta quarta-feira, em Luanda, a ministra da Educação, Luísa Grilo, para quem a situação requer atenção do governo.

A ministra disse que o dado vem expresso no relatório do Banco Mundial intitulado “Navegar educação maternidade e trabalho informal: experiências de mulheres jovens de Luanda”, apresentado hoje em Luanda.

Neste âmbito, frisou, apenas quinze por cento deste grupo termina o ensino médio.

Luísa Grilo apontou a alta taxa de gravidez precoce (Angola ocupa o 5º lugar na África Subsaariana) e o casamento infantil (30 por cento das mulheres casam-se antes dos 18 anos), como estando na base deste quadro.

“A situação é preocupante, porquanto, fora dos factores culturais e socioeconómicos, lamentavelmente o ambiente escolar não raras vezes também facilita a integração com sucesso da rapariga na escola”.

Segundo o relatório, as mulheres e raparigas angolanas enfrentam desvantagens na vida em várias dimensões do bem-estar, quando comparadas com os homens e rapazes do país.

Soluções

Para combater este mal, a ministra afirmou que o governo angolano vai  continuar a apoiar as meninas adolescentes do ponto de vista da educação, enquanto ferramenta ideal para a sua dignificação e reconhecimento social.

No seu entender, investir na educação das raparigas é o caminho seguro para corrigirmos as desigualdades do género, realçando a implementação dos projectos empoderamento da rapariga e a aprendizagem para todos.

Precisou que estes programas visam, entre outros, a melhoria do ensino e aprendizagem para as meninas, do acesso aos serviços e informações sobre a saúde sexual e reprodutiva.

Contribuem igualmente para a expansão e reabilitação da rede escolar, além do apoio financeiro aos alunos, com objectivo de se criar uma geração de raparigas imponderadas que disputam em pé de igualdades com os seus pares as oportunidades de serviço e promoção social.

Relatório

 Por sua vez a directora Global de Género do Banco Mundial, Hana Brixi, frisou que o estudo qualitativo, que começou em 2021 e culminou em 2022, apresenta as percepções obtidas a partir de mulheres jovens e raparigas, dos seus pais e de informadores chaves entrevistados em Luanda.

Afirmou que os desafios únicos que as jovens mulheres em Luanda enfrentam nas suas trajectórias educacionais, profissionais e familiares residem não apenas no nível individual, mas também na estrutura de oportunidades disponíveis para elas.

Sendo assim, continuou, as barreiras identificadas exigem um esforço multissectorial e a vários níveis para se combater as desigualdades do género observadas.

O relatório apresenta orientações estratégicas e recomendações políticas para melhorar o acesso das raparigas angolanas ao ensino, atrasar a gravidez na adolescência e melhorar a qualidade de emprego das mulheres no sector do comércio informal em Luanda. JAM/ART

  

 



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