Lubango – O Instituto Médio Agrário do Tchivinguiro, situado no município da Humpata, na Huíla, vai incluir no seu currículo, a partir de 2022, o curso de aquicultura, através de um centro de multiplicação de peixe, com quatro hectares.
Aquicultura é o ramo da zootecnia que estuda a produção racional de organismos aquáticos, como peixes, moluscos, crustáceos, anfíbios, répteis e plantas para consumo humano.
A instituição existe desde 1978 e conta com quatro cursos técnico-profissionais: produção animal, vegetal, gestão agrícola e industrial agro-alimentar, ministrados por 49 professores, sendo dois expatriados e 47 angolanos.
A produção de peixe será feita numa lagoa adjacente ao instituto, hoje abandonada por falta de investimento, devendo ser usada para as aulas práticas.
O anúncio foi feito, sexta-feira, pelo director do Instituto médio do Tchivinguiro, Pedro Hebo, à margem da visita da secretária de Estado das Pescas, Esperança da Costa, à lagoa criada para a produção do peixe.
Dsse que a área está abandonada, porque estava, desde 2012, o implementação de um projecto de produção de peixe, mas não vincou.
Lembrou que o projecto, orçado em 500 mil dólares, previa a reabilitação de quatro tanques e a construção de outros quatro, para a criação de alevinos e desenvolvimento dos peixes.
Para Pedro Hebo, a visita da secretária de Estado das Pescas acalenta as esperanças, para reavivar ao que chamou de “monstro adormecido”.
Instituto requer reabilitação
Por outro lado, Pedro Hebo, disse que a reabilitação do Instituto médio Agrário do Tchivinguiro necessita de 500 milhões de Kwanzas para revitalizar todo seu património degradado há mais de dez anos.
A instituição académica havia firmado em 2015, um protocolo com o governo da Espanha, para a sua reabilitação e construção de infraestruturas, mas o projecto não arrancou por falta da parte financiadora.
O gestor afirmou que está em fase de conclusão um protocolo de cooperação com a França para que, ainda este ano beneficie de financiamento para às obras de manutenção.
“Os empresários franceses já haviam feito, em 2020, um levantamento para iniciar as obras, mas pandemia Covid-19 impediu o seguimento, mas acreditamos que com o desagravamento da doença, o sonho de ver o Tchivinguiro com outra imagem será realizado”, disse.
A escola tem uma capacidade para 405 alunos, que estudam em 12 salas de aulas, dos quais 340 em regime de internato.
O IMAT, localiza-se no município da Humpata, há 45 quilómetros do Lubango. Em funcionamento desde 1978, já formou mais de dois mil técnicos médios agrários