Luena – As obras de construção do futuro Instituto Politécnico do Luena, com 32 salas de aula, sob alçada do Ministério da Educação (MED), estão paralisadas há 10 anos, por falta de verbas.
Localizada no bairro Alto Luena, a empreitada, que está a 90 por cento de execução física, foi projectada para receber dois mil 800 estudantes.
A edificação da infra-estrutura está orçada em orçado em 844 milhões de Kwanzas, financiada via eurobands.
Com cerca de 56 mil crianças que se encontram fora do sistema de ensino no Moxico, a conclusão deste instituto especializado poderá constituir-se numa mais-valia para reforçar o sistema de ensino.
Até ao momento, Moxico dispõe de três institutos do género, nomeadamente o Instituto Politécnico de Administração e Gestão (IPAG, 18 salas de aula), localizado no bairro Social da Juventude, Instituto Politécnico do Moxico (T14), construído no bairro Kapango, ambos na cidade do Luena, e um outro no município da Cameia.
Em declarações à imprensa, a propósito dos projectos paralisados, o director do Gabinete Provincial de Estudo, Planeamento e Estatística no Moxico, Anito Gouveia, informou que, em função do tempo, o Governo do Moxico solicitou ao MED a transferência da empreitada para ser incluida nos projectos do PIIM do âmbito local.
"Infelizmente já tentamos solicitar a transferência deste projecto, mas nos foi negado. O Ministério da Educação alega que não teve boa experiência quando fez o mesmo processo em algumas regiões do país", disse o responsável, tendo avançado que há promessas das obras retomarem no presente ano.
Na mesma situação, encontram-se as obras de requalificação e ampliação da escola do ensino primário “Comandante Kwenha”, localizada no centro do Luena (Moxico), que está, igualmente, paralisada por falta de pagamento.
Financiada por via de Eurobond´s, em mais de 500 milhões de kwanzas, as obras da infra-estrutura que tiveram início em 2014, terão 28 salas de aula contra as actuais oito.
Em estado de abandono há 10 anos e, igualmente, com uma execução física de 90 por cento, encontra-se, segundo constatou à ANGOP, as obras de construção do edifício que vai acomodar os gabinetes provinciais.
O edifício composto por 68 gabinetes, distribuídos em 17 naves, orçado em 214 milhões e 200 mil kwanzas, é financiado pela linha do Eurobond´s.
Em relação a linha de financiamento, Anito Gouveia informou haver problemas sérios com estas obras. Elas estavam nos eurobond´s, uma linha de financiamento que tem criado vários constrangimentos no pagamento”.
Segundo o responsável, esta linha de financiamento (Eurobond´s), por não ser regular, tem obrigado a paralisação dos projectos e consequentemente, as empresas pedem actualização dos orçamentos, em função da desvalorização da moeda nacional.