Lubango – Depois de dois anos sem admissão de novos estudantes, por falta de condições de continuidade dos cursos em hotelaria e turismo, no Instituto Politécnico nº 131 do Lubango, a instituição volta a receber alunos no ano lectivo 2024/25.
A área de formação foi implementada em 2015 com os cursos de turismo e de gestão hoteleira, um ano depois, em 2016 iniciou-se a ministrar o de cozinha e pastelaria. É a única instituição de ensino na província a formar na área.
A informação foi avançada à ANGOP hoje, sexta-feira, nesta cidade pelo director do instituto, Armindo Gabriel, em função do anúncio público e comunicado ao Governo da província, bem como ao Gabinete da Educação, da falta de condições para continuidade dos tais cursos há dois anos.
Actualmente tem no presente ano lectivo 350 alunos a frequentarem a 12ª e 13ª classe e para o lectivo 2024/25, a ideia é ter uma turma de 40 alunos por cada curso no primeiro ano de formação, segundo a fonte.
Referiu que actualmente a área de formação hoteleira e turística tem estado a conhecer dias melhores, pois algumas dificuldades estão a ser resolvidas, desde a carência de professores de especialidade e estágios para os estudantes.
Declarou que inicialmente a escola não tinha sequer um professor formado na área de hotelaria e turismo, pelo que ministravam as mesmas na base do improviso, mas estão agora admitidos cinco, todos nacionais, quatro deles licenciados e uma mestre.
Para o responsável, o número de professores formados na área é suficiente, pelo que a perspectiva é ter uma turma em cada classe e os alunos não têm só aulas da componente científica, mas a sociocultural e a geral.
Durante o mês em curso, fez saber que receberam um consultor internacional para área de turismo, por orientação do Governo da província, visando analisar as dificuldades que a instituição tem e também desenhar acções que poderiam ser desenvolvidas, no sentido de melhorar a funcionalidade do curso.
Explicou que os parceiros que proporcionam estágios para os alunos estão mais abertos e muitos operadores acabam por dar emprego aos estudantes com melhor desempenho.
"Com esses apoios do Governo local, através dos gabinetes da Educação e da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos da Huíla, bem como do ministério afins, não vamos encerrar o curso, pois as condições já estão a ser colocadas à nossa disposição", manifestou.
Ressaltou que apesar de todo o apoio que está a receber, a escola aguarda por um laboratório de cozinha para a realização das práticas que actualmente ainda são feitas no improviso, no refeitório da instituição.
Não obstante a essa dificuldade, Armindo Gabriel referiu que há necessidade de de softwares especializados para os cursos, pelo que trabalham com alguns baixados na internet, que permitem apenas fazer demonstrações, uma cópia dos usados nas unidades hoteleiras.
“Queríamos ter softwares como o “Galileo ou o Amadeus”, tal conforme no curso de contabilidade e gestão que utilizamos o “Primavera”, mas as licenças são onerosas, é de responsabilidade do ministério de tutela fornecer tal sistema, pois reflecte sempre na qualidade dos formandos”, reforçou.
Por sua vez, o director do Gabinete provincial do Turismo, Juventude e Desportos da Huíla, Osvaldo Lunda, ressaltou que vão continuar a criar sinergias para que os cursos na área de turismo tenham continuidade na instituição, uma vez que é todo interesse para o sector continuar a formar os quadros.
Desde 2015, altura de implementação da área de formação no Instituto Politécnico nº131 do Lubango, até ao momento, a instituição, nos três cursos, já formou perto de mil estudantes. EM/MS