Malanje- O contínuo engajamento da classe docente e discente no desenvolvimento de hábitos e habilidades para a produção e publicação de trabalhos científicos em revistas nacionais e estrangeiras foi recomendado, esta quinta-feira, pelas primeiras Jornadas Científicas da Universidade Rainha Njinga a Mbande (URNM).
O encontro que teve a duração de dois dias, recomendou igualmente o desenvolvimento de um plano de capacitação de pós-graduação em diferentes áreas do saber, bem como incluir a cadeira de Bioética no plano curricular da universidade.
Por outro lado, os participantes as Jornadas concluíram que o evento revelou o potencial científico da Universidade, pelo que iniciativas do género deve prosseguir, para que a URNM se destaque em termos de produção de conhecimentos e possa equiparar-se às instituições de elevada reputação dentro e fora do país.
As Jornadas enquadradas nas celebrações dos 60 anos de institucionalização do ensino superior em Angola e Moçambique, a assinalar-se em Agosto, serviram de plataforma para a troca de experiências entre professores e estudantes, bem como contribuir no reforço do subsistema de ensino superior angolano, por meio de iniciativas voltadas à investigação científica.
No acto de encerramento, o reitor da Universidade Rainha Njinga a Mbande, Eduardo Ekundi Valentim, reafirmou a aposta da instituição no desenvolvimento da produção científica, enquanto um dos critérios de avaliação da qualidade de ensino.
O evento contou com a participação de estudantes de instituições de ensino superior públicas e privadas, docentes, pesquisadores e empresários, que abordaram temas como a discriminação da qualidade nutricional dos alimentos comercializados em Malanje, paradoxos do desenvolvimento na era da globalização, entre outros.
A dinâmica do imperativo no português de Malanje e funcionamento da educação de acordo com a Lei, bem como a intervenção do professor na resolução de problemas sociais envolvendo a matemática, perspectivas do ensino da matemática para professores do ensino primário, a universidade e a construção de um novo intelectual num mundo globalizado, foram questões igualmente analisadas no encontro.
A Universidade Rainha Njinga A Mbande (URNM) é uma das três novas instituições públicas de ensino superior criadas no país na base do redimensionamento do sistema público do ensino superior.
Constituída em 2020, a URNM é composta por três unidades orgânicas, nomeadamente a Faculdade de Medicina e os Institutos Superior Politécnico e de Tecnologia Agro-alimentar (ITA), anteriormente adstritas à Universidade Lueji A´Nkonde.