Cuito – Oitocentos e oitenta e três mil e 450 crianças foram inseridas no presente ano lectivo 2023/2024 na classe da iniciação em escolas do ensino primário em todo o país, em função da insuficiência de creches, responsáveis pelo ensino pré-escolar.
A iniciação é a última classe do pré-escolar, normalmente frequentada em creches.
Segundo o secretário de Estado para Educação Pré-Escolar e Ensino Primário, Pacheco Francisco, por insuficiência desses serviços, o Ministério da Educação orientou as escolas do ensino primário a matricularem alunos desta classe, para reduzir o número de crianças fora do sistema normal de ensino.
Falando esta quinta-feira à imprensa, na cidade do Cuito, província do Bié, depois de um encontro com os gestores escolares da província, o secretário de Estado referiu que a medida visa aliviar os pais e encarregados de educação sem capacidade financeira para colocar os filhos em creches privadas.
O país conta com 686 creches vocacionadas ao ensino pré-escolar, mas apenas 171 são públicas.
Esta realidade, explicou Pacheco Francisco, fez com que o Ministério da Educação orientasse os gestores a permitir a matrícula da classe da iniciação nas escolas primárias, embora não fazendo parte do ensino primário.
Na província do Bié, por exemplo, só existe uma creche pública (centro infantil Kilamba), com 247 crianças matriculadas, neste ano lectivo.
Ainda hoje, o secretário de Estado para Educação Pré-Escolar e Ensino Primário, Pacheco Francisco, visitou três escolas primárias na cidade do Cuito, onde inteirou-se do nível de aprendizagem das crianças bem como o posto de inscrições do concurso público de ingresso na educação.LB/PLB