Luanda – O Ministério da Educação (MED) anunciou, esta sexta-feira, em Luanda, a implementação de um plano para a recuperação das aprendizagens dos alunos, para responder às dificuldades impostas pela Covid-19 durante o ano lectivo 2020.
De acordo com o secretário de Estado para a Educação Pré-escolar e Ensino Escolar, Pacheco Francisco, que falava à imprensa sobre o ano lectivo 2020, este foi um ano atípico, em que grande parte dos alunos não se dedicaram muito devido a minimização dos números de sumários, o que constitui preocupação para o MED.
Pacheco Francisco esclareceu que o plano será executado com base em conteúdos existentes, olhando para as unidades temáticas que foram ministradas e para as temáticas relevantes, que têm continuidade nas classes subsequentes, devendo assegurar estas bases para se evitar dificuldades posteriores.
Conforme o responsavel, no quadro deste plano de recuperação de aprendizagem, até os alunos que transitaram de classes vão passar pelo crivo, uma vez que a avaliação, durante a pandemia, foi débil.
Por outro lado, o responsavel apelou aos educadores de infância e outros agentes do subsistema de ensino a cumprirem as medidas de biossegurança.
“Professores, encarregados de educação, pais e alunos não devem cruzar os braços, mas se esmeraram com a nova realidade, se adaptando, idealizar estratégias de boa aprendizagem nas escolas, para a fortificação do processo de ensino”, reforçou.
Segundo este, o número de alunos fora do sistema de ensino em 2020 ultrapassam os dois milhões de crianças, sendo que ainda se aguardam informações de outras províncias, devido a desistências dos pais que se recusaram a levar os seus filhos à escola.
Pacheco Francisco deu a conhecer que a construção de 522 novas escolas em todo país, sendo 80 por cento do ensino primário, vai requerer novos professores, aguardando-se pelo aval do Ministério das Finanças.
Estas escolas, adiantou, poderão resolver o problema das crianças fora do sistema de ensino, descongestionamento das turmas com excesso, além de retirar as crianças debaixo de árvores e em situações precárias.
O sector, frisou, necessita de 15.366 professores.