Luanda – A Rede de Mediatecas de Angola (REMA) poderá se transformar, nos próximos anos, em Centro de Formaçao Profissional, atendendo a necessidade de instrução e conhecimento da juventude para a sua inserção na sociedade, afirmou hoje, quinta-feira, o director-geral da instituição, Bengui Sauca.
No final do debate sob o tema, “Importância das Mediatecas na Formação da Sociedade e do Conhecimento em Angola”, no âmbito dos 10 anos destas instituições, a assinalar a 24 de Agosto, explicou que não existe ainda um programa específico no plano director da REMA para formação profissional, mas os encontros com parceiros e utentes apontam para esta direcção.
Sobre o assunto, disse, já se tem feito isto, os próprios parceiros e utentes têm criado cursos nas diversas mediatecas que dão oportunidade de emprego aos jovens e pretendemos que esta formação seja da responsabilidade da instituição, acrescentou Bengui Sauca.
Segundo o director-geral da REMA, as mediatecas ainda têm enfrentado algumas dificuldades, com a infra-estruturas, como exemplo as falhas nas estruturas físicas, necessidade de actualização constantemente dos acervos, com vista a responder as exigências dos jovens nesta época de muitos recursos inovadores.
Nestes dez anos de existência das mediatecas em Angola, o entrevistado faz um balanço “positivo” do seu desempenho, uma vez que os indicadores quantitativos mostram um grande crescimento de utentes nas instalações de todas as províncias.
Neste período, após a inauguração da primeira Mediateca, no Lubango (Huíla), em 2012, foram registados pela Rede mais de 4 milhoes, 141 mil e 026 visitantes, 256 mil 644 usuários, e realizaram mais de 20 mil 244 eventos, com mais de 1 milhao, 001 mil e 535 participantes.
A REMA conta com Mediatecas que funcionam em Luanda, no largo das escolas e município do Cazenga, no Lubango (Huila), Benguela, Soyo (Zaire), Huambo, Bié, Cunene, Malanje, Saurimo (Lunda Sul) e seis de Proximidade em igual número de províncias, estando previsto a instalação de 25 instituiçoes do género em todo o pais.
Participaram do encontro, líderes de associações juvenis, estudantes, religiosos, populares e responsáveis das mediatecas de Angola.