Soyo – A ministra da Educação, Luísa Grilo, reafirmou esta terça-feira, na cidade do Soyo, província do Zaire, a aposta na progressão da carreira docente por via de uma avaliação justa e que valorize a meritocracia.
Ao discursar no acto central do Dia Nacional do Educador, sublinhou que este processo tem como finalidade a dignificação dos professores pelo importante papel que desempenham na sociedade.
Reconheceu que, para a materialização das tarefas a si acometidas, o professor precisa de uma formação holística, permanente e condições ideais de trabalho, salário e subsídios que sejam aliciantes e motivadores.
“A aposta do Executivo é de proporcionar as melhores condições de trabalho e sociais ao professor, no sentido de lhe conferir o papel de protagonista da transformação da educação”, enfatizou.
Falou, também, do empenho no sentido da actualização das categorias salariais, sendo que, neste processo, já foram promovidos mais de 135 mil professores que viram os seus salários melhorados.
Referiu-se ao Programa Nacional de Formação e Gestão do Pessoal Docente, criado à luz do Decreto Presidencial 205/18, de 3 de Setembro.
Para a governante, o referido Decreto estipula as bases para proporcionar aos professores oportunidades de desenvolvimento de competências profissionais centradas na melhoria da prática do ensino na sala de aula e da coordenação pedagógica na escola.
Neste âmbito, segundo a titular da pasta da Educação no país, foram implementados, com sucesso, os cursos de mestrado específicos de ensino da Língua Portuguesa no ensino secundário, com a participação de cerca de 100 professores, na sua primeira edição.
Avançou que, a segunda edição já está em curso, sem, no entanto, referir-se ao número de participantes nem o tempo de duração.
A ministra reiterou igualmente, no seu discurso, a aposta na reabilitação, ampliação, construção e apetrechamento de novas escolas em carteiras, equipamentos laboratoriais e outros meios tecnológicos que facilitam a pesquisa e o ensino.
Informou, por outro lado, que foi lançado o programa denominado “Escola Virtual Xilonga”, no âmbito do processo de digitalização das instituições de ensino no país, para dar vazão ao Decreto Presidencial nº 321/20, que aprova o regulamento das modalidades de ensino à distância.
Explicou que a “Xilonga” é um espaço virtual de aprendizagem destinado aos alunos do ensino primário e do I ciclo do ensino secundário para a partilha de experiências entre os professores.
Exortou a todos os profissionais da educação no país a redobrar esforços, dedicando-se de corpo e alma nas suas tarefas pedagógicas.
Governo do Zaire promete mais escolas
Por sua vez, o vice-governador do Zaire para o sector político, social e económico, Afonso Nzolameso, reafirmou o engajamento do governo local na construção de mais escolas para facilitar a inserção de mais crianças em idade escolar no sistema normal de ensino.
Para si, o direito à educação não pode ser encarado como um privilégio, mas sim uma obrigação do Estado para com o cidadão.
Neste quesito, disse que o governo do Zaire colocará, em breve, 37 novas salas de aula à disposição do sector da educação, com a inauguração de sete instituições escolares nos diferentes municípios da província.
Explicou que as novas infra-estruturas foram erguidas no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) e irão juntar-se às actuais 313 escolas que compõem a rede escolar da região.
Informou que, no presente ano lectivo o Zaire matriculou 183 mil e 234 alunos nos diferentes subsistemas do ensino geral.
Quanto ao corpo docente, o vice-governador disse que foram admitidos quatro mil e 900 novos professores.
Entretanto, Afonso Nzolameso lamentou a existência, na província, de mais de 21 mil crianças fora do sistema normal de ensino.