Adultos com atraso escolar podem concluir 9ª classe em cinco anos

     Educação           
  • Namibe     Quarta, 08 Setembro De 2021    15h19  
Namibe: Ministra da Educação, Luisa Grilo, no acto " Dai Internacional da Alfabetização "
Namibe: Ministra da Educação, Luisa Grilo, no acto " Dai Internacional da Alfabetização "
Anabela Fritz

Moçâmedes- A ministra da Educação, Luísa Grilo, afirmou, esta quarta-feira, em Moçâmedes, província do Namibe, estarem criadas as condições para que, pela primeira vez, os jovens e adultos com atraso escolar possam concluir a 9ª classe em apenas cinco anos, desde a sua entrada na alfabetização.

Falando no acto central do 8 de Setembro, Dia Internacional da Alfabetização, que aconteceu em Moçâmedes sob o lema “ Alfabetizar para aumentar a inclusão digital em tempos de pandemia”, afirmou que a criação das condições dá corpo ao Plano de Intensificação da Alfabetização e Educação dos Jovens e Adultos  2019/2022, com o objectivo de massificar as acções de combate ao analfabetismo  e redução  do atraso escolar.

Com a implementação  do referido plano, disse,   foram realizadas várias acções, tais como a abertura da campanha de alargamento da rede de parceiros de alfabetização, a generalização  do primeiro ciclo de ensino de jovens e adultos em todos os municípios do país e o lançamento da iniciativa “ minha família sem analfabetismo” .

Detalhou que estas acções permitiram atender 419 mil 402 cidadãos no subsistema de ensino educação de adultos no ano lectivo 2020/2021, dos quais 144 mil 429 na alfabetização, estando assim criadas as condições para que os jovens e adultos com atraso escolar possam concluir  a 9ª classe, em apenas cinco anos, desde a sua entrada na alfabetização.

Apesar dos avanços registados, à luz das metas previstas  no plano, Luísa Grilo afirmou  que  os desafios ainda são enormes, tendo em conta  que todos os anos crianças ficam fora do sistema de ensino,  o que aumenta o número de indivíduos com atraso escolar, para os quais, a Educação para Jovens e Adultos  deve estar em condições de atendê-los.

Enquanto se investe  na criação de condições para  garantir a oferta educativa  para crianças em idade regular, a ministra advogou a necessidade de se apostar  na  educação de jovens e adultos, pois estes representam uma grande  franja da população economicamente activa,  por isso, responsáveis pela mão de obra que deve ser  qualificada.

Neste sentido, alertou para a necessidade do rigor na efectivação das acções traçadas no plano, como a constituição das comissões provinciais e municipais de alfabetização, com vista a diversificação de apoios e fontes de financiamentos, criação de turmas nos locais de serviço,   quer no sector público, quer no privado, tendo como  meta  a declarar estas instituições  territórios livres do analfabetismo e reactivação do premio nacional de alfabetização.

Por outro lado, informou que, com apoio financiamento do Banco Mundial, prevê-se, através do Projecto  de Aprendizagem para Todos,  a implementação de acções atinentes ao empoderamento de cerca de 250 mil jovens e raparigas  e rapazes, que por várias razões, não concluíram o ensino primário  e secundário.

Inclusão Digital

Garantiu ainda que o país está a trabalhar para aumentar as taxas de inclusão digital, por forma a facilitar que todos os angolanos possam ter acesso à internet e nela encontrar conteúdos que possam ajudar no desenvolvimento dos vários sectores.

Disse que o programa  de inclusão digital do executivo  vai diminuir as barreiras tecnológicas, promover  a instalação de fábricas para montagem de  equipamentos informáticos, a extensão da fibra óptica, o alargamento  do surgimento de operadores de telefonia,   a conexão do cabo submarino, entre outros.

O acto foi marcado com a entrega de certificados aos alfabetizadores, alfabetizandos e parceiros.

Governo do Namibe empenhado na erradicação 

Por seu turno, o governador do Namibe, Archer Mangueira, considerou a alfabetização o caminho certo para o combate à pobreza e às desigualdades.

Disse que ano lectivo transacto funcionaram 29 centros de alfabetização, sendo 13  em Moçâmedes, seis no Camucuio, cinco  na Bibala, três no Tômbwa e dois  no Virei, que matricularam 11.834 alunos, dos quais aprovaram 5.614 alunos.

Neste ano lectivo, informou, foram inscritos 14.100 alunos nos diversos níveis da Educação para Jovens e Adultos.

Afirmou que o governo do Namibe pretende, num prazo razoável, declarar mais de 10 bairros livres do analfabetismo.

Já o secretário permanente da Comissão Nacional de Angola na UNESCO, Alexandre Costa, disse que a organização adoptou a estratégia para a alfabetização de jovens e adultos entre 2020-2025.

No seu entender, é importante  a promoção da alfabetização na língua materna, por forma a  desenvolver conhecimentos e competências, incluindo a cidadania global e habilidades profissionais.

 

 

 

 

 

 

 

 





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