Novo Plano de Alfabetização terá apoio directo das administrações municipais

     Educação           
  • Bié     Segunda, 06 Maio De 2024    11h07  
Director Nacional da Educação de Jovens e Adultos, Evaristo Pedro
Director Nacional da Educação de Jovens e Adultos, Evaristo Pedro
Valentino Yequenha

Cuito – O Novo Plano Estratégico de Alfabetização, a ser elaborado no âmbito do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2022-2027, contará com o apoio directo das administrações municipais, através do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza (PIDLCP).

O facto foi dado a conhecer pelo director nacional da Educação de Jovens e Adultos, Evaristo Pedro, quando apresentava, durante o II Conselho Consultivo do Ministério da Educação, encerrado sábado, na cidade do Cuito, as metas e desafios da alfabetização dos jovens e adultos para o quinquénio 2023/2027.

Evaristo Pedro fez saber que a medida foi uma das propostas para o projecto, em fase de conclusão, debatidas ao longo do conselho, como desafios e políticas a serem adoptadas para a materialização das estratégias de combate ao analfabetismo. 

A pretensão, segundo fez saber, é de que as administrações municipais contribuam com parte dos recursos do PIDLCP e considerem a alfabetização como uma das principais prioridades nas suas áreas administrativas no presente quinquénio, com vista a efectivar o objectivo do governo de consolidar o desenvolvimento do capital humano.

 “É necessário que a nível das administrações municipais haja mais condições para a efectivação da alfabetização, por ser este um dos primeiros degraus para o combate à fome e a pobreza”, acrescentou. 

Evaristo Pedro explicou que o novo documento, que reunirá as acções e projectos que conduzirão o país para o alcance das metas preconizadas no PDN, está na fase de consulta pública, para colher mais contribuições e poderá ser aprovado, em breve, pelo Conselho de Ministros.

Adiantou que, além das metas constantes do PDN, o mesmo resulta do balanço do plano antigo efectuado no I Conselho Consultivo do Ministério da Educação, tendo se concluído a necessidade da actualização de algumas acções, por não ter sido cabalmente executado, por conta da convid-19.

Ainda sobre a proposta do novo plano, acrescentou que concebe cinco eixos, desde a organização interna, mobilização social, formação e capacitação, aprovisionamento logístico, monitoria e supervisão.

Em termos de perspectiva para os próximos quatro anos, referiu que o país pretende reduzir o máximo possível a taxa actual de 24 por cento de analfabetismo da população economicamente activa, que compreende cidadãos maiores de 15 anos de idade, segundo os dados no último Censo populacional realizado em 2014.

Referiu que, para além da problemática das crianças que ficam fora do sistema de ensino, devido à escassez de escolas e de professores, a situação do analfabetismo é agravada pela desistência de alunos no meio do ano lectivo por diversas razões.

Esta realidade, prosseguiu, remete para uma reflexão sobre a resposta que a educação de jovens e adultos deve dar para este quantitativo demográfico que não tem a escolaridade mínima obrigatória, que é a nossa classe, ou na pior das hipóteses não sabem ler nem escrever.

Na ocasião, Evaristo Pedro apresentou, igualmente, o balanço do ano lectivo 2022/2023, em que terminaram, com êxito, 387 851 alunos, sendo 80 mil e 965 do I módulo (1ª a 2ª classe), 97 mil e 461 do II módulo (3ª e 4ª classe), 146 mil 121 do III módulo (5ª e 6ª classe) e 63 mil e 304 do I ciclo (7ª, 8ª e 9ª classe).

Neste momento, avançou que decorre o levantamento do número de alunos matriculados no presente ano lectivo, cujas perspectivas são boas e estão acima dos dados no ano passado anterior, devido ao aumento das salas de aula.

As aulas, de acordo com o responsável, que estão a ser ministradas no modo formal pelas instituições públicas, e informal, pelos parceiros, estão a ser asseguradas por seis mil alfabetizadores.

Destes, disse, dois mil e100 estão inseridos no Programa de Aprendizagem para Todos (PAT), que está a ser implementado pelo Ministério da Educação, com o financiamento do Banco Mundial.

Fez saber, por outro lado, que a sub-componente da alfabetização no âmbito do PAT está a ser levada acabo nas 18 províncias do país, com uma cobertura de 50 municípios dos 68 previstos. VKY/PLB





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