Cuito – Sessenta 60 mil alunos da província do Bié estão inseridos no Projecto Atraso Escolar, que visa recuperar, imediatamente, a aprendizagem.
O Projecto Atraso Escolar permite que os menores frequentem duas classes no presente ano lectivo, de modo que, em Setembro de 2022/2023, voltem a estudar apenas uma classe, sem prejuízos quaisquer.
O plano é de iniciativa do Ministério da Educação, que abrange alunos dos 7 aos 14 anos de idade, que ficaram prejudicadas por conta dos constrangimentos provocados pela covid-19.
Este foi um programa encontrado pelo Executivo para recuperar o tempo perdido pelos petizes, enquanto as escolas estiveram encerradas, por causa dos riscos desta pandemia.
Este projecto é diferente do Plano de Educação de Jovens e Adultos, que atende somente jovens a partir dos 15 anos, que não tenham tido acesso ao ensino na idade e tempo certos, e/ou por razões diversas abandonaram a escola.
Segundo a chefe de departamento da Educação do Bié, Marieth Esperança Ramos, em declarações à ANGOP, a execução deste programa está a ser bem recepcionado pelos pais e encarregados de educação, assim como contribui para a igualdade de oportunidades.
Questionada se tal procedimento não acarreta consequências de ponto de vista psicológico à criança, Marieth Esperança Ramos assegurou que não, pelo facto do Ministério da Educação primeiro ter capacitado os professores do ensino e aplicar uma metodologia de ensino específica, tendo em conta o respeito das particularidades individuais dos alunos.
“A pandemia da covid-19 causou desajustes extraordinários nos planos e programas gizados no sector da educação, com todas as consequências na organização e gestão dos processos de educação e ensino, daí o surgimento dessa alternativa para atenuar os constrangimentos”, realçou.
No presente ano lectivo, o sector da educação no Bié matriculou nos diversos subsistemas de ensino 373 mil e 380 alunos, com perto de 14 mil professores que labutam em 714 escolas.
Com perto de dois milhões de habitantes, no Bié estão ainda 109 mil crianças fora do sistema escolar, por escassez de mais escolas e professores.