Malanje- O Reitor da Universidade Rainha Njinga a Mbande (URNM), Eduardo Ekundi Valentim, defendeu hoje, nesta cidade, o reforço das estratégias tendentes a afirmação das mulheres no domínio da ciência, com vista a inverter o actual quadro desfavorável para esta franja.
De acordo com dados estatísticos da URNM, dos 181 docentes controlados pela instituição, apenas 51 são mulheres, ao passo que dos dois mil 888 estudantes, o universo feminino representa somente 950.
O gestor lançou este desafio durante a abertura das jornadas alusivas ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, a assinalar-se a 11 deste mês, cujo acto central decorre antecipadamente no dia 9, na província de Malanje.
Considerou que as mulheres que vincaram no domínio das ciências são a excepção e não a regra, pelo que se afigura necessário alterar esse paradigma, mediante a consciencialização da sociedade no sentido de colocá-las no centro da ciência e tecnologia.
“A mulher sempre foi relegada a um plano secundário. Mesmo nas famílias, as tarefas domésticas são maioritariamente reservadas às meninas, por isso têm baixo desempenho académico”, observou.
Por sua vez, a Decana da Faculdade de Medicina de Malanje, Tazi Nimi Maria, disse que face as estatísticas têm trabalhado no cumprimento das recomendações da UNESCO, que passa pelo encorajamento das mulheres a apostar na ciência, sobretudo na Engenharia e Matemática, com vista a enfrentar os desafios do seu tempo.
O acto de abertura das jornadas contou com a participação de estudantes de instituições de ensino superior pública e privadas, e representantes do Gabinete Provincial da Educação.
O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado anualmente em 11 de Fevereiro, foi instituído UNESCO em 2015, com o objectivo de fortalecer o compromisso global com a igualdade de direitos entre homens e mulheres, principalmente do ponto de vista da educação. ACC/PBC