Huambo - O chefe do departamento de Planeamento, Estatística e Recursos Humanos da Educação na província do Huambo, José Eduardo Marcos, destacou, esta quinta-feira, o modelo de ensino das escolas católicas, por priorizar os valores éticos e morais.
O responsável falava na abertura da primeira Assembleia Regional das Escolas Católicas, que junta até sexta-feira, delegados das Dioceses do Cuito e Benguela e da Arquidiocese do Huambo, para entre vários assuntos, analisarem o papel da família na vida escolar dos filhos.
Na ocasião, o responsável reconheceu o papel destas instituições escolares em proporcionarem os valores fundamentais para a construção de uma sociedade saudável, para além de implementarem acções que incentivam o aprendizado.
Disse que a meta das escolas católicas passa por formar estudantes íntegros, empáticos e responsáveis, que tenham vontade de aprender e exercer o seu papel enquanto cidadãos.
José Eduardo Marcos considerou que estas instituições escolares aproximam com os princípios como disciplina, ordem e virtude, por meio das actividades no ambiente educativo os estudantes, têm contacto com os conhecimentos académico/científicos e com os ensinamentos cristãos, a partir das Sagrada Escrituras.
Referiu que a metrologia de ensino destas instituições educativas favorecem a comunhão entre os mais novos, valoriza o envolvimento da família na educação dos filhos e o desenvolvimento de habilidades em salas de aula, como por exemplo, a honestidade, o respeito, a proactividade e a ajuda mútua.
Afirmou que a aprendizagem propaga valores humanos fundamentais e possibilita que os mais jovens reflictam, de forma consciente e responsável, para transformar a sociedade em que estão inseridos.
Por seu turno, a psicóloga e preletora Maria Encarnação Pimenta, ao dissertar o tema “ O papel da família na vida escolar dos filhos”, manifestou-se preocupada com o facto de muitos estudantes universitários não terem nomes completos dos pais, resultante da desestruturação familiar.
Disse que depois da independência, o país enfrenta muitos casos que têm a ver com o nome, pois existem em Angola crianças que frequentam o ensino geral, incluindo universitário, sem filiação nos documentos pessoais.
Maria Encarnação Pimentel disse que a família tem 50 por cento da responsabilidade de construir a energia psíquica do indivíduo, pois ela constitui o núcleo onde se aprende as primeiras habilidades essenciais da vida, como a estruturação do pensamento, o desenvolvimento das memórias, emoções positivas e negativas.
Ressaltou que a família tem a responsabilidade de participar activamente na construção da inteligência, que é a capacidade geral da adaptação às novas situações, através de processos intelectuais.
Os participantes estão abordar temas sobre “A comunidade educativa e protecção de menores as pessoas vulneráveis”, “A comunicação digital na família e nas escolas: desafios e oportunidades”, e “Pacto educativo global Africano”.JSV/ALH