Ondjiva - Dois dias após o reinício das aulas no ensino pré-escolar, as instituições do ensino nas zonas rurais da província do Cunene registam fraca presença de alunos.
Com o fim da suspensão das aulas presenciais, durante um ano, devido a Covid-19, 25 mil e 675 alunos enquadrados em 759 escolas voltam às salas de aula.
O retorno das aulas neste subsistema de ensino (creches e jardins de infância) surge na sequência da reavaliação das medidas de prevenção e controlo da propagação do vírus causador da Covid-19, tendo em conta a evolução da situação epidemiológica do país.
Numa ronda efectuada pela Angop nas escolas primárias 122, Caxila, Rei Nande e dos Castilhos, verificou-se afluência considerável de alunos.
Apesar de alguma timidez, houve, logo às primeiras horas, um movimento intenso de pais e encarregados de educação nas escolas, uns com os filhos e outros à procura de saber mais informações sobre o processo.
Em declaração à Angop, o director provincial da Educação no Cunene, Domingos de Oliveira, disse que a situação da seca e à fome que a região enfrenta tem provocado a pouca adesão de alunos às escolas no meio rural, ao contrário do casco urbano.
Domingos de Oliveira salientou que muitas famílias rurais não se aperceberam da data do retorno às aulas, apesar de os professores terem comunicado com antecedência aos país e autoridades do poder local.
Disse que a problemática da fome está a provocar a dispersão das famílias, sobretudo nesta época em que estão a abandonar as áreas de residências à procura de melhores condições de sobrevivência e de pasto para o gado.
Sem precisar dados, disse que nestes locais os meninos estão a acompanhar os pais na transumância.
No entanto, confirmou a observação das medidas de biossegurança no estabelecimento de ensino, como a colocação de baldes com água e sabão, álcool em gel para a higienização das mãos, termómetros e tapetes nas entradas das salas.