Malanje- A secretária de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação, Alice Almeida, defendeu hoje a importância do reforço do estímulo à investigação científica no país, para atrair pesquisadores e aumentar a produção de conhecimento, rumo ao desenvolvimento do país.
Intervindo na abertura da 1ª Conferência Científica Internacional da Universidade Rainha Njinga A Mbande (URNM), a responsável referiu que o incentivo passa por um financiamento adequado, que se aproxime, nos próximos anos, de 1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Frisou que a ciência de excelência não se mede apenas pelo número de artigos científicos publicados, mas também pelos mecanismos que garantem dignidade laboral à comunidade científica e com perspectiva de género e valores que contribuam para melhorar a vida dos angolanos.
“Uma sociedade com maior cultura científica é uma sociedade mais livre, igualitária, crítica e capaz de tomar as melhores decisões para o seu futuro”, anotou.
Nesta óptica, disse ser preocupação do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação tornar a carreira do investigador científico mais atractiva, estável e segura, sem barreiras de mobilidade, em conformidade com os documentos estatutários.
Acrescentou ainda que o Executivo continuará a priorizar a formação universitária, a ciência, inovação e o empreendedorismo, como motores do desenvolvimento, assegurando financiamento de centros de investigação e encorajando a interacção entre as instituições de ensino superior e empresas em matérias de investigação e desenvolvimento.
Por outro lado, Alice Almeida destacou o papel da cooperação nacional e internacional entre os estabelecimentos de ensino superior, pois concorre para o sucesso dos programas de formação.
Elogiou a aposta da URNM na diplomacia académica, o que tem vindo a melhorar a qualificação do corpo docente, dos pesquisadores e técnicos de apoio à investigação científica, tendo encorajado o contínuo engajamento neste senda, de modo a impulsionar projectos conjuntos em áreas como clima, agricultura, saúde, energia e outras.
A decorrer em sistema misto, a 1ª Conferência Científica Internacional da Universidade Rainha Njinga A Mbande tem duração de dois dias e conta com a participação de investigadores da África do Sul, Estados Unidos da América, França e Portigal.
Realizado em alusão ao terceiro aniversário da instituição, a assinlar-se a 17 deste mês, o evento vai centrar-se na abordagem de temas como vida e legado da Rainha Njinga A Mbande, saúde preventiva, bem-estar e segurança alimentar, espécie de vibrio protogénico humano em comunidades agrestes africanas, docência e ansiedade, relação entre a violência física e outras formas de maus-tratos intra-familiares em adolescentes grávidas, entre outros. ACC/NC/PBC