Malanje- O Secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio da Silva, defendeu hoje, em Malanje, a melhoria da qualidade do ensino universitário, face a quantidade de unidades orgânicas que vêm surgindo pelo país.
Sem avançar detalhes, o responsável referiu que o ensino superior vem se expandindo quantitativamente, pelo que precisa evoluir também em termos de qualidade.
Eugénio da Silva fez essa apreciação quando intervinha no acto de empossamento do primeiro colégio reitoral da Universidade Rainha Njinga a Mbande (URNM), cuja criação representa um novo impulso para o ensino universitário.
“A criação da URNM traz um novo impulso ao ensino superior no país, com uma nova dinâmica, sobretudo na região de Malanje”, disse.
Considerou que a tomada de posse que hoje acontece demonstra a valorização da dimensão democrática da gestão universitária, do papel e acção dos actores intra e extra-universitários, enquanto agentes principais do desenvolvimento institucional, inseridos nos objectivos e metas do plano de desenvolvimento nacional.
Por sua vez, o vice-governador provincial para o sector Político, Social e Económico, Domingos Eduardo destacou os avanços registados no ensino superior, rumo a melhoria da rede universitária do país, aumento da oferta de pós-graduação, reforço da qualificação de mestres e doutores, desenvolvimento do sistema de avaliação e certificação do ensino.
Acrescentou que o referido subsistema de ensino tende ainda a promover a investigação e desenvolvimento nas universidades e os centros de investigação e divulgação, partilha e acesso a dados nacionais e internacionais, daí a que são altas as expectativas da população e do governo de Malanje depositada à URNM, como órgão catalisador da ciência e inovação.
“Reconhecemos os complexos desafios de vária ordem que a Unidade enfrenta desde estruturais, académicos e financeiros, mas apesar disso, com união, inclusão, ousadia, audácia e espírito de missão, poderá se elevar a médio prazo aos patamares nacionais e internacionais almejados”, destacou.
Enquanto isso, o reitor empossado da Universidade Rainha Njinga a Mbande, Eduardo Ekundi Valentim apontou como ambição a construção de uma instituição reputada nacional e internacionalmente, cuja prioridade recai para o aumento de cursos, sobretudo ligados ao sector produtivo.
“A oferta formativa e seu alinhamento com o sector produtivo local, consolidar os recursos existentes, sobretudo no que toca ao pessoal docente e condições de ensino e aprendizagem, a criação de cursos de graduação conexo aos já existentes, atenção especial aos cursos de engenharia ligados a produção agrícola, constam das prioridades”, ressaltou.
Acrescentou que a aposta vai ainda para o apetrechamento das salas de aulas com meios didácticos modernos, ajustados aos actuais padrões, equipar os laboratórios didácticos e de investigação de acordo com as exigências de cada curso, alargar o acervo bibliográfico das unidades orgânicas, criar sistema integrado de gestão bibliotecária da URNM, bem como consolidar a implementação do sistema integrado de gestão académica.
O primeiro colégio reitoral da URNM foi empossado pela presidente do Conselho Geral da referida Universidade, Tomásia Morais, para um mandato de cinco anos e tem como reitor, Eduardo Ekundi Valentim e vice-reitores para as áreas académica e científica, Osvaldo Pelinganga e Bettencourt Munanga, respectivamente.
De 41 anos de idade, o reitor Eduardo Valentim, é graduado em Enfermagem pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde, da Universidade Agostinho Neto, e doutorado em Farmacologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (Brasil), tendo ocupado entre outros cargos, de decano do Instituto Superior Politécnico de Malanje e coordenador da Comissão de gestão da URNM.
A URNM foi criada por decreto presidencial número 285/20, de 29 de Outubro, constituída pelos Institutos Politécnico e de Tecnologia Agro-alimentar e a Faculdade de Medicina de Malanje.