Cuito – Os professores poderão entrar em greve dentro de 60 dias, caso o Ministério da Educação não responda, de forma satisfatória, as questões do caderno reivindicativo, já em sua posse, desde 2018.
Esta decisão consta das conclusões saídas da II Reunião Ordinária do Conselho Nacional do Sindicato dos Professores (SINPROP), que encerrou hoje, na cidade do Cuito, província do Bié.
Entre as reivindicações, os docentes exigem a valorização do tempo de serviço.
De acordo com o porta-voz do encontro, Admar Ginguma, tudo vai depender da vontade do Governo.
No primeiro dia dos trabalhos (quinta-feira),o presidente do SINPROF, Guilherme Silva, disse que continuam abertos para dialogar com as entidades governamentais, no sentido de se ultrapassar os problemas dos seus filiados, bem como encontrar soluções que visem melhorar as condições das instituições escolares.
De acordo com o sindicalista, esse diálogo não impede o recurso à greve, que é um imperativo legal, para pressionar o Estado a resolver os assuntos com maior brevidade.
Por isso, e para evitar uma eventual paralisação, solicitou ao Executivo a introduzir com urgência o tempo de serviço na Educação e outros subsídios inerentes à valorização dos professores que já constam do caderno reivindicativo de 2018.
Em Abril de 2018 o Sinprof já havia decretado uma greve, que paralisou as aula durante uma semana.
Durante dois dias, o Sindicato Nacional dos Professores debateu assuntos internos e do sector da Educação em Angola, cujo acto decorreu sob o lema “ Valorizar a Carreira do professor é Apostar na Qualidade de Ensino”.
Participaram no encontro sindicalistas vindo das 18 províncias do país. A próxima reunião do conselho está marcada para Fevereiro de 2022, na província do Uige.