UNIC projecta abrir curso de ensino primário no próximo ano académico

     Educação           
  • Bié     Quarta, 20 Março De 2024    11h50  
Bié: Vista parcial de um dos edificios da universidade do Cuanza
Bié: Vista parcial de um dos edificios da universidade do Cuanza
Leonardo Castro

Cuito – A Universidade Internacional do Cuanza (UNIC), em funcionamento na província do Bié há três anos, projecta, no próximo ano académico, 2024/2025, a abertura do curso de Licenciatura em Ensino Primário.

A intenção foi manifestada hoje, terça-feira, à ANGOP, pelo reitor da  UNIC, Carlos Roberto Jelvez Martínez, ao assegurar estarem criadas todas  as condições para o efeito, aguardando apenas pela aprovação por parte do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação.

"Pretendemos abrir esta especialidade a nível de graduação, e da nossa parte temos todas as condições criadas. Aguardamos apenas pela aprovação do referido curso, pelo ministério de tutela, cujo projecto foi remetido no passado mês de Dezembro", confirmou.

De acordo com o reitor, a pretensão enquadra-se nas estratégias de ensino da instituição, de modo a contribuir no aumento da oferta formativa na província e no país, em geral.

Caso se efective, a UNIC vai juntar-se à Escola Superior Pedagógica do Bié, que já forma quadros na especialidade de ensino primário.

Carlos Roberto Jelvez Martínez manifestou, por outro lado, a intenção da  sua instituição abrir, nos próximos anos, o curso de Licenciatura em  Gestão em Turismo e Hotelaria.

Explicou que a iniciativa visa dar resposta a escassez  de formação de quadros nesta área do saber na região  com inúmeras potencialidades, de modo a se desenvolver o sector.

Sem mais detalhes, adiantou que o projecto está em processo de elaboração e que deverá ser apresentado, em breve, ao Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, para a sua apreciação e aprovação.

Em termos de perspectiva, apontou como maior desafio a contínua criação de condições para a abertura de mais cursos de licenciatura para a formação de quadros angolanos, no quadro da cooperação nos desafios de desenvolvimento económico e social de Angola.

Fez saber também das acções de ampliação da universidade, com a construção de mais salas de aula e outros compartimentos de apoio.

Neste momento, prosseguiu, estão em curso as obras de construção do dormitório feminino, depois da conclusão do masculino, de modo a criar condições para  albergar os estudantes em regime de internato.

A parceria internacional com outras redes universitárias disse ser também outro foco, enquanto factor indispensável para  elevar a qualidade formativa, assim como a contínua capacitação e formação diferenciada do corpo docente, para sua superação nos níveis de mestrados e doutoramento, através de concepção de bolsas,  no âmbito da Fundação Universitária Ibero Americana (FUNIBER).

Edificada em 2020 numa área de 17 hectares, a instituição é um projecto europeu, de origem espanhola, com o objectivo de cooperar com o governo angolano na formação do capital humano para as necessidades de desenvolvimento do país, em diferentes áreas.

O campus contempla seis edifícios, com 25 salas de aula e área para a componente prática, entre laboratórios de enfermagem, nutrição, clínica avançada, hospital de campanha, estúdios e demais compartimentos.

Projectado para albergar, numa primeira fase, cinco mil estudantes, tem, no presente ano lectivo, perto de três mil, entre angolanos e outros oriundos de países de África, Cuba e  Portugal, matriculados em mais de dez cursos de licenciaturas de Engenharia Industrial, Engenharia de Minas, Engenharia Química, Engenharia Eléctrica, Ambiental, Enfermagem, Nutrição Humana e Dentária, Administração e Gestão de Empresas, Relações Públicas, Jornalismo e Direito.

O processo de ensino e aprendizagem é assegurado por mais de cem professores licenciados, mestres e doutores, de nacionalidade angolana, cubana, brasileira, espanhola, chilena, venezuelana, colombiana e moçambicana.

No futuro, o campus deverá ter um total de 14 edifícios e uma capacidade de absorção de 12 mil estudantes, em cada ano académico.

A UNIC é fruto de uma parceria entre a Fundação Universitária Ibero-americana e a Universidade Europeia do Atlântico, que juntos constituem a Fundação Universitária Euro Africana.

Actualmente, a província do Bié possui cinco instituições de ensino superior, sendo três privadas e duas públicas.

As privadas são Instituto Superior Politécnico Ndunduma, Instituto Superior Politécnico do Cuito e a Universidade Internacional do Cuanza (UNIC), que juntas agrupam aproximadamente 10 mil estudantes nos variados cursos.

Já a nível do ensino superior público, existe o Instituto Superior Politécnico do Bié e a Escola Superior Pedagógica do Bié, que albergam quatro mil 636 estudantes, com 161 docentes. VKY/PLB





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