Mbanza Kongo – Gestores escolares em Mbanza Kongo, província do Zaire, defenderam, esta terça-feira, a colocação de agentes de protecção física nas escolas para evitar as acções vandalismo.
Abordados pela ANGOP, os gestores afirmaram que a insuficiência do efectivo de protecção física (contratados por algumas escolas) tem encorajado os meliantes a protagonizarem acções de saque e vandalização das infra-estruturas e equipamentos de ensino.
Para se inverter o quadro, sugeriram ao Ministério da Educação a promover um concurso público para recrutar especialistas na área de protecção física, à semelhança do concurso de admissão de auxiliares de limpeza, realizado recentemente.
O secretário da escola primária nº73, localizada no bairro 11 de Novembro, Nvemba Nzinga, recordou que, por duas vezes (2016 e 2018), a instituição foi pilhada, tendo sido retirados equipamentos de apoio ao ensino.
“Os marginais apareceram na calada da noite, arrombaram algumas janelas e portas e retiraram os poucos meios de ensino que a escola tinha”, frisou.
Diante deste quadro, disse, a direcção da escola decidiu, por meios próprios, contratar quatro seguranças que actualmente protegem esta escola constituída por 10 salas de aula.
Contou que o subsídio mensal pago a estes homens de protecção física, no valor de 30 mil Kwanzas por cada, provém da comparticipação dos alunos.
Já o director da escola primária nº202, António Kediamosiko, lamentou as acções de vandalização, depois da rescisão do contrato com uma brigada que protegia o imóvel há cerca de três anos.
Conforme o responsável desta escola localizada no bairro 11 de Novembro, a falta de guardas encorajou os meliantes a quebrarem todos vidros das janelas, levando consigo as carteiras.
Situação idêntica ocorreu, também, na escola primária nº19, no bairro 04 de Fevereiro, conforme explicou o subdirector do referido estabelecimento escolar, Andrade André, que corroborou com a necessidade do recrutamento de pessoal de protecção física pelo ministério de tutela.
Recentemente, o administrador municipal de Mbanza Kongo, Manuel Nsiansoki Gomes, sugeriu também a colocação de agentes de protecção física nas escolas para se acabar com a onda de vandalização de infra-estruturas escolares.
Na altura, o gestor disse que a vandalização do património público compromete os esforços das autoridades que, muitas vezes, são forçadas a adiar a execução de outros projectos sociais para redireccionar as verbas para as acções já implementadas e vandalizadas por indivíduos de má fé.
O município de Mbanza Kongo tem uma rede escolar constituída por 67 estabelecimentos de ensino, dos quais 48 escolas primárias, oito colégios, cinco institutos médios e 6 complexos escolares.
