Mbanza Kongo- O núcleo provincial do Sindicato Nacional dos Professores (SINPROF) no Zaire manifestou-se, sexta-feira, contra eventual inclusão de novos actores na implementação do acordo alcançado com o Ministério da Educação, a 24 de Maio último.
O SINPROF no Zaire defende que só os signatários do memorando de entendimento, que resultou na abertura do concurso de promoção de 181.624 docentes nas carreiras de ensino primário e secundário, pelo MED, é que devem estar engajados na implementação deste processo no país.
O anúncio deste concurso público de promoção, para preencher as vagas existentes no ensino primário e secundário, vem expresso num despacho de 7 de Junho assinado pela ministra da Educação, Luísa Maria Alves Grilo.
O secretário provincial do SINPROF no Zaire, Mambwene Ernesto António, que falava à ANGOP, considera uma violação por parte do MED ao incluir, neste processo, o Sindicato Nacional de Trabalhadores Não Docentes e a Associação dos Professores Angolanos (AMPA).
Lembrou que o memorando de entendimento entre o SINPROF e o MED, que ditou a suspensão da greve no sector, envolveu, igualmente, o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTESS), pelo que manifestou admiração ao notar o surgimento de outras "entidades estranhas" no processo.
Pediu, por isso, ao Ministério da Educação para rever a situação (processo e seus actores), que na sua opinião, pode inviabilizar o cumprimento dos pontos acordados com o sector e forçar o despoletamento de uma eventual nova greve a nível do país.
Advertiu, entretanto, o Gabinete Provincial da Educação e as respectivas direcções municipais a terem em atenção a inclusão de membros do SINPROF em todo o processo do concurso público de ingresso que se vai desenrolar a nível desta parcela do país.
O SINPROF no Zaire controla cerca de mil e 700 filiados.