Angolanos não podem ser continuamente manipulados - Bispo Gaspar Domingos

     Entrevistas           
  • Luanda     Sábado, 02 Abril De 2022    13h20  
Bispo da igreja metodista Gaspar João Domingos
Bispo da igreja metodista Gaspar João Domingos
Tarcísio Vilela - ANGOP

Luanda - O bispo da Igreja Metodista Unida, Gaspar João Domingos, destaca, em entrevista à ANGOP, que os angolanos já demonstraram que não podem ser continuamente manipulados, e precisam de espaço para, entre si, criarem pilares para outras pazes, depois de anos de um conflito alimentado pelos dois pólos beligerantes.

Por Óscar Silva -

Ao falar sobre o 20º aniversário do 4 de Abril, Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, o líder religioso considera que Angola precisa, ainda, de erguer os pilares da paz psicológica, social e económica.

Entre muitos alertas, aos partidos políticos aconselha humildade e colaboração na preparação do pleito eleitoral de Agosto deste ano, para que não aja discursos que provoquem distúrbios e ponham em perigo os ganhos alcançados até a presente data.

À sociedade deixa o seguinte recado: Os angolanos precisam de mudar os pilares da Paz, por outros que a sustentem e todos conhecem as amarguras dos pilares que sustentam as guerras - corrupção e suas consequências nefastas.  

Eis a entrevista na íntegra:     

ANGOP -  Angola vai celebrar 30 anos do alcance da paz. Como líder religioso que análise faz deste percurso?

Bispo Gaspar João Domingos (BGD) – Sem dúvida, neste instante, importa dizer: “Louvado seja Deus por nos ter protegido até agora”.

Os angolanos já viveram momentos extremamente difíceis ao longo da trajectória do país e as suas esperanças estiveram praticamente frustradas, mas, depois que se chegou ao entendimento, Angola registou o calar das armas, agora, importa reajustar o ambiente, de forma a que se consiga alcançar "outras Pazes".

Muitas vezes se tem referido que não se pode construir a paz com os mesmos pilares que sustentaram a guerra.

Os angolanos precisam de mudar os pilares, por outros que irão sustentar a paz, e todos conhecem a amargura dos pilares que sustentam as guerras, como a corrupção e suas consequências nefastas.  

Estamos satisfeitos que haja entendimento, até ao momento, naquilo que é o básico e essencial e, neste contexto, vamos agora trabalhar na eliminação de todos os resquícios que nos queiram dividir.

ANGOP – O senhor bispo falou de pilares que sustentam a paz e de outras pazes. De que outras pazes é que precisamos e como sustentá-las?

BGD- Sabe que a nossa vida é feita de consensos e de entendimentos, nós precisamos de buscar entendimento com o outro.  Não precisamos de combater-nos para entender que esta é a paz que queremos; precisamos de dialogar, porque muitas vezes a ambição humana leva-nos a pensar em nós e não nos outros. É essa a razão que terá gerado vários conflitos, e esses conflitos começam connosco. Esse é o primeiro pilar que temos de derrubar.

Precisamos de ser os primeiros a ser transformados, para podermos coabitar com os demais e dar oportunidade ao outro.  

É necessário ter consciência que já se interferiu demais, na vida, do outro.

Sabe que o colonialismo deixou muitos assuntos a ser combatidos, como tribalismo, regionalismo e racismo, ou seja, uma série de "ismos" que ainda carecem de ser desmantelados para que, então, se possa buscar a reconciliação, por constituírem minas na construção do nosso percurso como Nação.

Se queremos, realmente, ir em busca da harmonia e da paz, temos de desmontar todas essas minas, sob pena de cairmos nelas e acabarmos rebentados, então, há toda uma necessidade de encontrarmos oportunidades para o diálogo.

O diálogo é o elemento que nunca se deve afastar do nosso convívio, principalmente, nós que nos queremos posicionar como um Povo e uma Nação.

São os erros crassos que devemos evitar, quando a questão em causa é a Paz.

ANGOP -  A seu ver, que razões estiveram na base de tantos anos de guerra em Angola?

BGD - Temos de entender que o conflito, em Angola, é resultado, não só das desavenças entre os angolanos, mas, também, dos interesses daqueles que estão fora e que sabem que, neste país, podem encontrar a sua forma de subsistência.

Nós nascemos como país, independente, no meio de duas  grandes potências que já se vinham rivalizando há muitos anos.   Surgimos no meio do capitalismo e do socialismo, com homens que já defendiam estas causas há muito tempo, logo, Angola foi chamada a posicionar-se entre esses pilares. Angola aceitou o socialismo e teve de pagar o preço dessa opção. Esses dois pólos beligerantes foram alimentando o conflito e nós, angolanos, com o interesse de sermos fieis a esses regimes, fomos dando corda e entrando nele cada vez mais.

Mas é notório que, em muitos momentos da vida do nosso país, ficou claro que, não podemos ser continuamente manipulados.

Então, vimos muitas vezes o Presidente Agostinho Neto ter de se deslocar para países que eram tidos como nossos inimigos, onde defendia a necessidade de uma política de boa vizinhança.

No mesmo diapasão, vimos o Presidente José Eduardo dos Santos sair do país e tentar acordos, sendo que todos estes esforços eram no sentido de fazer crer que somos angolanos, não temos irmãos mais velhos que resolvam o nosso problema, temos de ser nós a resolvê-lo.

Contudo, muitas vezes não demos ouvidos àqueles que, de alguma forma, procuraram chamar à atenção para o facto de que a guerra não era a solução dos problemas.

Num determinado momento, a própria Igreja, que durante muito tempo acompanhou pensando que as entidades políticas, partidos, governantes ou a comunidade internacional podiam resolver o problema, levantou-se a apontar para o caminho do diálogo, não havendo porque fugir dessa responsabilidade.

A Igreja numa só voz, e aqui me lembro que o Conselho de Igrejas Cristãs de Angola (CICA), a Aliança Evangélica de Angola (AEA) e a Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), constituíram o Comité Inter-eclesial para a Paz em Angola (COIEPA) como a sua voz em matéria de paz, até a altura em que as armas se calaram.

Mas os problemas persistiam, era suposto a Igreja continuar, através do COIEPA, a alimentar a necessidade da criação de um “Instituto Para a Paz”, que pudesse ajudar o  governo, e outras forças da sociedade, a entender perfeitamente o que se queria com a contínua abordagem da paz, porque  além da  paz militar, tem de haver a paz social, psicológica e económica.

Esses são os caminhos pelos quais a Igreja pretende continuar a seguir para atenuar os conflitos que ainda estão presentes, convulsões que vão surgindo, por conta de não se verem resolvidas essas outras pazes que, realmente, o nosso país deve experimentar.

ANGOP – Senhor bispo falou do Instituto da Paz, porque foi criado?             

BGD - Porque se pensava, naquela altura, que com a morte de Jonas Savimbi a paz tinha chegado e os assuntos estavam resolvidos.

ANGOP - E estavam realmente resolvidos?

BGD - É esse, exactamente, o grande desafio que devemos continuar a abraçar. Temos de ver outros problemas e estudar a forma de resolvê-los. Não deveríamos permanecer na ilusão de que, quebrado o pilar da guerra, se ergueu o pilar que iria simplesmente garantir a paz. Pelo contrário, quebrou-se o pilar da guerra, mas os outros pilares continuam de pé, como procuramos abordar, nas questões económicas, sociais, psicológicas e outras.

Num discurso, o Papa Francisco afirmou que todos os que gostam de luxo, de carros bonitos e uma vida luxuosa devem abster-se da política, porque estariam a fazer um mal a si e aos outros.

Digo isso porque a política é outro campo, é o lidar com assuntos mais sérios e não de ostentação e luxo, visto daí advirem o prejuízo para si ao deixar-se corromper. O indivíduo que gosta de ser corrompido não pode ser político, porque não vai resolver os problemas da Nação.

ANGOP – E como mudar essa mentalidade?

BGD Vai levar tempo, mas temos que mudar e espero das novas gerações esta mudança.  

Não podemos continuar a experimentar esta realidade e achar que, quando a situação se torna impossível e difícil, no nosso país, devemos migrar para outros países, achando que lá é que a vida é melhor, com o dinheiro que se tira deste país.

Tem que haver uma mudança capaz de permitir que, com aquilo que temos, consigamos auto-promover-nos, porque, de outra forma, vamos fazer do país uma lavra onde só se vem colher produtos para depois ir comer em outras latitudes, e não é correcto.

ANGOP -  Angola continua refém de influências externas que impedem que a paz verdadeiramente seja uma realidade?

BGD -  Como disse, a paz é um processo, ela não chega e termina. Não é um produto acabado.

Nós sempre tendemos a fazer o certo e o errado, por isso há toda a necessidade de procurarmos fazer o certo, cientes de que o que devemos combater não é a pessoa, porque está errada; temos de combater o que está errado, porque uma pessoa que hoje está errada amanhã pode estar certa, logo, não tem de ser combatida, sob pena de se destruir o outro porque está errado e amanhã, quando você estiver errado, ser também combatido e destruído. O problema não está nas pessoas, está nas atitudes que precisam de ser corrigidas.

Vamos aceitar-nos mutuamente como cidadãos do mesmo país, que queremos o bem, combatendo as ideias que estão erradas e que atrapalham o nosso desenvolvimento.

Esse é o desafio, nós temos de ter consciência de que não somos  produto acabado, sempre teremos divergências, e a verdade está tanto de um lado como do outro, temos de ser tolerantes para nos sentarmos e entendermos aquilo que é o melhor no momento, porque a minha ideia pode não ser boa hoje, mas ter validade nos próximos tempos. 

Quantas vezes já vivemos o fenómeno no país, em que se rejeitou o diálogo, mas depois mudou-se o discurso e advogou-se a necessidade de se dialogar.

Estamos a beira das eleições gerais e é claro que temos de exalar credibilidade se queremos governar; temos de passar confiança às pessoas, porque o povo angolano não faz parte de um único partido político, o povo é aquele a ser governado por aqueles que se organizam em partidos políticos e apresentam ideias de como solucionar os problemas.

É claro que poderá haver querelas em relação aos programas de cada um, essas críticas podem acontecer, mas tudo em prol do povo, que espera um programa de governação que lhe beneficie. Precisamos ter consciência deste facto, os partidos políticos devem alegrar-se de poderem oferecer à população uma educação cívica à altura.

Temos de nos concertar, ter ideias claras, que convençam a comunidade que, realmente, pode crer e se não for honesto naquilo que estou a fazer, demito-me, porque não estou a ser coerente com aquilo que prego.

ANGOP - Como a Igreja pode continuar a ajudar na pacificação  dos espíritos, harmonização dos angolanos e na consolidação da paz?

BGD - Essa é a missão da Igreja desde a sua fundação, a sua contribuição é, em primeira instância, saber da Autoridade Divina que recai sobre ela.

Se eu não atentar contra a tua vida e tu não atentares contra a minha vida, então todos estaremos a escolher a vida e não a morte, de tal sorte que, em todos os momentos, apelemos para que haja tolerância e busquemos o entendimento.

ANGOP – Como os benefícios da paz contribuíram para a melhoria das condições de vida dos angolanos?

 

BGD - Voltar a ter esperança em dias melhores é um ganho tremendo porque, no tempo antes da paz, ninguém pensava no futuro e os que nele pensavam fugiam do país.

Os que fugiam do país diziam que este estava entregue à “bicharada”, ninguém ia poder fazer mais nada e, neste sentido, iam em busca de outros lugares onde podiam projectar o seu futuro.

Hoje quem é que não tem esperança e não projecta já o seu futuro, apesar de ser um processo paulatino?

Vivemos a guerra, agora estamos a experimentar a Paz e, neste contexto, temos de ter paciência  para que, cada medicamento que buscarmos para tentar resolver a saúde do país, que somos todos nós, consiga fazer efeito.

Por isso afirmamos que não podemos pensar que temos a solução dos problemas, a solução deve ser procurada no colectivo.

Os ganhos maiores ainda estão por vir, não são os que estamos a viver, então tenhamos consciência disso, para podermos chegar a esses ganhos maiores.

ANGOP – Antes da independência, Angola era um dos maiores produtores mundiais de café, algodão e sisal, além de ser auto-suficiente no domínio alimentar. Considera que os anos de conflito quebraram a dinâmica de crescimento económico do país? O que fazer para recuperar a auto-suficiência alimentar?   

BGD -  Eu creio que houve determinação daqueles que levaram, naquela altura, o país a atingir estes patamares, agora, da nossa parte deve haver, também, ambição, se queremos atingir os mesmos patamares.

 

A ambição tem de ser vista na perspectiva de que vale a pena sermos melhores, então vamos lutar para sermos melhores e como dizíamos, não são os irmãos mais velhos que nos vão levar a atingir este objectivo. É necessário investir de forma correcta, transparente e honesta nas causas que nos levarão a atingir a auto-suficiência nestes produtos, porque, infelizmente, não podemos viver das glórias do passado. Temos de continuar a somar, de tal forma, que consigamos atingir e ultrapassar os níveis do passado.

ANGOP - Na sua condição de líder religioso, que ganhos a Igreja angolana teve com o processo de paz?

BGD -  Hoje, poder atingir todos os recantos do país sem o receio de encontrar obstáculos, como pisar minas, é um ganho tremendo.

A circulação de pessoas e bens sempre se apresentou como um dos grandes ganhos da Nação como um todo, e não só da Igreja, e hoje, mais do que nunca, ela pode materializar os planos constantes da sua missão.

Outro grande ganho está relacionado com o facto de vermos o povo alegre com a situação. Todos os depoimentos de homens e mulheres são em relação à possibilidade de colocar os seus filhos na escola, sem o receio de encontrar obstáculos.

A tranquilidade de poder projectar o futuro trabalhando dia-a-dia para que o mesmo seja real, constitui outro grande ganho.

A grandeza está no entendimento das comunidades que estão em condições de avaliá-los, pois muitas vezes pensamos que as estruturas físicas são um ganho no seu todo, mas são apenas parte, porque quem se pode manifestar em relação ao verdadeiro ganho é o povo.

ANGOP - Como vê os crescentes casos de violência doméstica no seio familiar?

BGD- São tristes todas as agressões ao ser humano, são valores tristes de reportar.

Devemos concentrar-nos nos problemas para podermos encontrar uma solução, que passa pelo diálogo entre os membros de cada  família. Os problemas domésticos só precisam de compreensão e de postura.

ANGOP - Como é que a Igreja vê o combate à corrupção, ao nepotismo e à impunidade?

BGD - Quando somos mal preparados, na base familiar, levamos todo este espectro para todo lugar onde vamos.

Se o pecado corrompe e se todos estivermos certos de que  devemos combater o pecado, então, combater a corrupção é um bem e não um mal que cabe a todos.

Alguém dizia:”Se quero combater os corruptores, que comece comigo, porque querendo ou não, alimento a corrupção de que muitas vezes são acusados os outros”.

Na hora da aflição nós aceitamos dar subornos para nos aliviarmos das aflições e, às vezes, são pequenas práticas, que chamamos - “o jeito do angolano”.

Se combatermos a corrupção ao mais baixo nível, nunca seremos corruptos quando estivermos em grandes lugares, porque a Bíblia diz “ se você for honesto no pouco, vai ser honesto no muito, se é desonesto no pouco, vai ser desonesto no muito”.

É uma luta constante, para a qual todos devemos estar atentos.

Eu creio que o combate à corrupção é um mal que deve começar dentro de nós, para, depois, ser eliminando na sociedade.

Tem de haver responsabilização daqueles que gerem os bens públicos. Se cada um entender que não está em condições de gerir os bens públicos, dê lugar a outros para fazê-lo e não pensar “agora é a minha vez “.

ANGOP - Estamos num ano eleitoral. Que mensagem deixa aos políticos, numa altura em que os partidos se preparam para a campanha eleitoral?

BGD -  Dou graças a Deus  por  ser uma conquista do povo, que  vai acontecendo de cinco em cinco anos.

Os políticos enquanto cidadãos devem entender este momento como uma conquista, como um bem.

Aproveito a oportunidade para me dirigir à comunicação social, que é um bem do povo, para que saiba ilustrar, informar e orientar correctamente o povo sobre este grande momento de festa, que são as eleições. Tem de haver responsabilidade de quem tem o dever de informar, porque só desta forma as eleições serão justas, transparentes e confiáveis.

O problema não está na Comissão Nacional  Eleitoral porque ela também é parte deste processo, a responsabilidade, para o povo poder avaliar como decorreram as eleições, é da comunicação social.

Não vamos tolerar dirigentes que não estão em condições de  prestar as informações que o povo precisa, porque muitas vezes  falamos de assuntos com base em pronunciamentos de pessoas que não têm legitimidade para o fazer.

Perfil

Gaspar João Domingos, filho de João Domingos Manuel e de Inês José Gonçalves, nascido a 24 de Julho de 1961, no  antigo distrito provincial de Luanda, na comuna de Ságua (Margens do Kwanza) actual Província do Bengo, é o sétimo filho de uma prole de nove, dos quais sete já falecidos.

Aos dois anos de idade, na companhia dos pais, veio para Luanda, onde fez os seus estudos até 1987, altura em que embarcou para o Brasil e cursou a faculdade de Teologia, no Instituto Metodista do Ensino Superior; em 1996 concluiu os estudos complementares de graduação no Instituto Ecuménico de Bossey (CMI), na Universidade de Genebra - Suíça. É actualmente mestrando na Universidade Pública de Évora, Portugal, na área de Ciências da Educação.

Teve como 1ª experiência de serviço remunerado aos 18 anos de idade, no Ministério das Pescas (1979), em 1981 é transferido para o Ministério da Educação, como professor primário. Em 1990, recebeu nomeação Episcopal para pastorear a Igreja Metodista Unida de Galileia, vindo a acumular em 1992, após sua eleição para o cargo de secretário-geral  da Conferência Central de África da Igreja Metodista Unida, cargo atribuído pela 1ª vez, na História do Metodismo em Angola, a um angolano. Em 1994 foi transferido para o Conselho de Igrejas Cristãs em Angola, como 1º director do Departamento de Justiça, Paz e Reconciliação.

Tendo sido reconhecida a sua capacidade e desempenho, foi indicado pela Igreja Metodista, como candidato à sua sucessão ao cargo de secretário-geral do Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA), tendo conquistado dois terços da confiança dos líderes religiosos deste fórum ecuménico, o que valeu a sua eleição em 1998.

É bispo da Igreja Metodista Unida há mais de 20 anos, tendo substituído no cargo o reformado bispo Emílio de Carvalho.

 

 

 





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