Estradas de Luanda continuam caóticas

Rua
Rua
Joaquim Tomás

Luanda – A província de Luanda continua a apresentar inúmeras estradas em acentuado estado de degradação, com buracos resistentes e falta de separadores, situações que tiram o sono aos automobilistas e reduzem o tempo de vida útil de milhares de viaturas.

Além dos já habituais buracos, alguns dos quais com mais de um ano, muitas estradas, principalmente as secundárias, encontram-se alagadas e com deficit de iluminação pública, apesar de estar em curso, há dois anos, o pagamento do IVM.

Por causa destas situações, crescem as reclamações dos automobilistas, numa altura em  que o Executivo angolano tem em carteira diversos projectos para a recuperação de ruas e estradas, entre principais e alternativas, em vários municípios da capital do país.

O problema da degradação das vias tem complicado, sobremaneira, a vida de milhares de automobilistas em praticamente toda a capital do país, apesar dos sinais animadores que surgem em algumas zonas, onde já se pode encontrar estradas em reabilitação.  

Na verdade, a reabilitação já foi um facto, por exemplo, nos cerca de sete quilómetros entre a rotunda do Calemba-2 e zona do Luanda Sul (Viana), onde as dificuldades de circulação rodoviária foram minimizadas, depois de trabalhos paliativos.

Todavia, os automobilistas defendem a rápida reabilitação de outras vias alternativas, tal como a estrada principal do Calemba-2, a estrada de acesso aos municípios de Viana, Belas, Kilamba Kiaxi, Talatona e outras zonas da cidade de Luanda.

Segundo o automobilista Manuel Jacinto, os pontos que servem de alternativa carecem de intervenção urgente, opinião partilhada por Maria Imaculada, para quem a melhoria destas vias vai facilitar a fluidez do trânsito na zona sul, norte e sudoeste de Luanda.

De acordo com o automobilista João de Carvalho, muitas vias alternativas tornam-se perigosas em Luanda, devido ao seu estreitamento e a existência de curvas apertadas, particularmente no interior do bairro Golfe-2/Camama, Sapu e Calemba-2.

A esse respeito, o administrador do Kilamba Kiaxi, Fernando Cardoso, disse que existe um plano para a reabilitação das vias alternativas daquela zona da capital do país, no sentido de se evitarem os constrangimentos típicos do período chuvoso.

Com vista a facilitar a circulação dos automobilistas, há também projectos e obras em curso no distrito do Talatona, segundo o administrador local, Rui Duarte, que anunciou vários trabalhos para breve no âmbito dos projectos do PIIM.

A esse respeito, o engenheiro de construção civil Edson Gomes afirma que tecnicamente os trabalhos paliativos são de pouca duração, sublinhando que devem    ser feitos trabalhos profundos com área de drenagem para os escoamentos de águas, alargamento da via, iluminação pública, além da retirada e troca do tapete asfáltico.

Viana

Numa ronda efectuada pela ANGOP à estrada do Cemitério ao Zango foi possível notar que os buracos que existiam naquela zona desapareceram, fruto de um trabalho paliativo feito pela Empresa Nacional de Construção e Infra-estruturas Básicas (ENCIB).

O automobilista Rafael Soares, que antes do trabalho de tapa buraco na via preferia usar a auto-estrada, enaltece a ENCIB pelo trabalho, na medida em que está a facilitar o acesso à vila de Viana, distrito urbano do Zango e à comuna de Calumbo.

Segundo a directora municipal do Gabinete de Estudo, Planeamento e Estatística,  Conceição Oliveira, Viana tem uma verba inscrita no OGE 2022 para a reabilitação das estradas do Centro Ortopédico de Reabilitação Polivalente Doutor, António Agostinho Neto, da Brasileira, do Santuário do Calumbo, das Condutas, bem como das Madres.

Rua Olímpio Macueria  

Contrariamente a isso, a rua Olímpio Macuéria, distrito urbano do Neves Bendinha, município de Luanda, está degradar-se dia após dia, situação que poderá levar ao encerramento da mesma para nova intervenção da administração municipal e do Governo Provincial de Luanda (GPL), por falta de manutenção, constatou a ANGOP.

O cenário lastimável da rua estruturante é notório desde 2019, período em que desabou a ponte que faz parte da vala de drenagem Cazenga/Cariango, com uma extensão de cinco quilómetros, 400 meros, em consequência da chuva.

A via, com 9,50 metros de largura e uma extensão de cerca de três quilómetros, liga-se através da passagem hidráulica à zona do Hospital Sanatório de Luanda, Machado Saldanha, bairros Popular, Golfe 1 e Cassequel do Lourenço.

Com cenário semelhante está a rua da Olivença e demais, no bairro Marçal, distrito urbano do Rangel (Luanda), que não beneficiam de reabilitação desde 2008.

A reabilitação das mesmas iria contribuir para a fluidez do trânsito entre a Avenida Hoji-Ya-Henda (Ex -Avenida Brasil) e a zona do mercado do São Paulo.

Conquanto, apesar de estar asfaltada, a estrada da Brigada (Rangel) apresenta um enorme buraco que surge em consequência das águas da chuva e domiciliares.

Já no Cassequel da Teixeira, distrito urbano da Maianga, a rua 68 A carece também de reabilitação urgente. A mesma encurta a distância dos moradores do bairro Catinton ao Aeroporto Doméstico, Internacional 4 de Fevereiro e centro da cidade.

“Só queremos que venham reabilitar a via o mais urgente possível, porque se esperarem ela degradar-se na totalidade, para depois virem reparar, os constrangimentos serão maiores”, exprime a moradora da zona, Maria Francisco.

Pedro Afonso, taxista, diz que, por altura do desabamento da ponte, estavam à espera que os trabalhos fossem acontecer em toda a rua. Entretanto, foi apenas um sonho.

O município de Luanda (sede da capital do país com o mesmo nome) integra sete distritos urbanos, designadamente, Ingombota, Rangel, Samba, Sambizanga, Neves Bendinha, Ngola Kiluanje e Maianga.

Cazenga  

No município do Cazenga decorrem, desde Junho, trabalhos de melhoria das ruas, no quadro de um plano de contingência para as próximas chuvas, segundo a administradora adjunta para área técnica e Infra-estruturas, Madalena Fernandes.

No distrito do Kalawenda, a rua Rei Pelé, que teve um troço intransitável por longos meses, beneficiou de terraplenagem, numa extensão de mais de 800 metros, entre a entrada do Hospital da Somague/Travessa das bananeiras.

A administração recuperou igualmente a Rua das Condutas, em toda a sua extensão, a partir do troço das Pedrinhas/ 5ªAvenida, bem como a travessa Âvo Kitoco/ Instituto Politécnico do Cazenga.

Os automobilistas, que há muito se viam impedidos de circular no interior dos bairros, mostram-se satisfeitos com a reabilitação das ruas.

Afirma que as pessoas e viaturas que saem de Viana e pretendem ir ao Hospital Municipal do Cazenga "Somague", Mercado Asa Branca e do distrito urbano do Rangel já conseguem chegar pela via do Gamek sem constrangimentos.

Por sua vez, no distrito do Kima Kieza, as ruas principais e secundárias já beneficiam de obras de terraplenagem para melhorar e facilitar a circulação de automóvel e de transeuntes na localidade, numa iniciativa da ENCIB.

Madalena Fernando salienta que os trabalhos tiveram início a 21 de Junho, devendo ser intervencionados mais de três mil 262 quilómetros, com prioridade para as ruas com maior movimentação.

A fonte adianta que já foram terraplanadas as ruas da Encubação, Ambuila/Sonef, Maia Loudes e Ex cubano.

No distrito do Hoji Ya Henda, a Rua Porto Moniz (Rua dos Armanzéns) beneficia de terraplenagem, enquanto aguarda por obras profundas de asfaltagem, por estar inscrito no PIIM, deu a conhecer o administrador distrital, Celcio de Carvalho.

PIIM recupera ruas

As ruas terciárias do distrito urbano do Neves Bendinha e do bairro Operário, distrito do Sambizanga, município de Luanda, beneficiam de reabilitação com a colocação de novo tapete asfáltico, manilhas, esgotos, lancis, passeios e iluminação, no âmbito do PIIM.

A empreitada, iniciada em 2020 e enquadrada no PIIM, está a cargo das empresas Griner, Mota-Engil, MCA, Omatapalo e Angolaca.

No Bairro Neves Bendinha (vulgo Popular) estão no pacote do PIIM as ruas do Kandondo, Pisca, Rio Ravuma, Gabela, Mavinga, Marrecos de Cima, Moncorvos, Alípio Brandão, António Lisboa, Violetas, Almada Negreiros, Álvaro Canelas, Columbano, Miguel Ângelo Lupi, Teixeira de Sousa e Teixeira Lopes.

Na rua do Centro Agostinho Neto, no Bairro Operário, no Sambizanga, está em curso um trabalho de asfaltagem, troca da rede de drenagem, passeios, lancis, iluminação pública e a colocação de sinalização vertical.

No Sambizanga (Bairro Operário) estão contempladas as ruas Comandante Bula, Lobito, Benguela e Centro Cultural/Agostinho Neto.

Contactados pela ANGOP, os moradores dos bairros Popular e Operário manifestaram satisfação com o andamento das obras, e pediram às empresas fiscalizadoras maior rigor no acompanhamento dos trabalhos, para que as obras sejam duradouras.

 





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