Huambo – A abertura dos diversos serviços e valências do Centro Cultural ”Manuel Rui ", inaugurado recenetemente pelo Presidente da República, João Lourenço, no Huambo, aguardam pela realização de um concurso público, soube a ANGOP.
Com a abertura prevista para breve, numa iniciativa do Ministério da Cultura e Turismo, em parceria com o Governo da província do Huambo, o concurso irá permitir seleccionar uma empresa idônea gestora do património do Centro Cultural, com foco na prestação de serviços públicos de qualidade.
O Centro Cultural” Manuel Rui” vai atender a região Centro-Sul do país, em termos de promoção de actividades culturais e artísticas, numa dimensão padronizada de acordo com as exigências nacionais e internacionais.
Em declarações hoje, quinta-feira, à ANGOP, o chefe do departamento da Acção Cultural na província do Huambo, Pascoal Pedro Nhanga, disse que depois da seleção da empresa gestora, as manifestações culturais serão intensas e exigentes em termos de qualidade artística.
Com esta imponente infra-estrutura, adiantou, os artistas estarão, cada vez mais, capacitados e poderão transformar os conhecimentos em valores econômicos decisivos para o melhoramento das condições de vida deste grupo social.
Pascoal Pedro Nhanga assegurou que a nova geração terá oportunidade de se especializar na área de orquestra sinfônica, artes visuais e plásticas, dança, artesanato, teatro, formação artísticas de várias dimensões, exposição, bibliotecas, restauração e salas de conferências e espectáculos.
Disse que o Centro Cultural “Manuel Rui”, surge, também, uma nova atracção turística na província do Huambo que poderá concentrar estrangeiros e residentes angolanos no mundo da arte .
Referências do centro
Baptizada com o nome do escritor e autor do Hino Nacional, Manuel Rui Alves Monteiro, infra-estrutura possui três cine-teatros, com 500, 150 e 100 lugares, respectivamente, duas salas de conferências, um espaço para apresentação de trabalhos de arte, literatura e música, duas salas de artes plásticas e artesanato e uma de exposições.
A infra-estrutura, cujas obras foram consignadas em Setembro de 2011 e retomaram em 2022, depois de cinco anos de paralisação, foi “baptizada” com o nome do escritor e autor do Hino Nacional, Manuel Rui Alves Monteiro.
Comporta, ainda, duas salas de dança, onde os professores terão a oportunidade de ensinar os principais estilos ancestrais do país, como o olundongo, okatita, elissemba, semba e tchianda.
Conta, igualmente, 11 lojas de especialidades artísticas e culturais, dois restaurantes top de gama, um dos quais no seu 2º piso, com vista para a parte Alta da cidade, dois cafés voltados para a zona Baixa da urbe, áreas de apoio aos actores e músicos durante as suas exibições em palco e duas salas para aula de canto, com a execução dos instrumentos musicais ancestrais, com destaque para o quissange, marimba, dikanza e puita.
O Centro possui um bar, posto policial, uma geladeira, parque infantil, loja de venda de bebidas, duas salas multifunções, um pátio aberto com um palco para espectáculos musicais, com uma capacidade para mais de seis mil espectadores, apoiado um restaurante a céu aberto e uma pedonal coberta, que ligará a infra-estrutura ao Jardim da Cultura.
A parte do antigo Palácio de Vidro que está dentro do perímetro vai manter e servir como área Administrativa.
A cobertura do centro se configura como um fumo que sai da chaminé de uma locomotiva, pintada com as cores da Bandeira Nacional, em reconhecimento ao contributo do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB) na promoção do desenvolvimento social, económico e cultural. LT/JSV/ALH