Angola prepara candidatura do “Sona” a Património Mundial

     Cultura           
  • Lunda Norte     Sexta, 30 Setembro De 2022    09h57  
"Sona" Arte etnomatemática de contar história através de desenhos
"Sona" Arte etnomatemática de contar história através de desenhos
Cedida

Dundo – O Ministério da Cultura e Turismo (MCT) está a preparar a apresentação da candidatura da arte etnomatemática “Sona”, símbolo da cultura tchokwe, a Património Mundial da Humanidade da UNIESCO, soube hoje, sexta-feira, à ANGOP.

A informação foi prestada pelo director do gabinete provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos na Lunda Norte, Josefo Fernando, sublinhando que a proposta para a sua inscrição, a ser apresentada em 2023, visa a sua inserção nas diversas universidades do mundo, com vista ao estudo científico sobre a antropologia linguística e da comunicação reservada aos povos Lunda-cokwe.

Realçou que em 2021, o “Sona” foi elevado a categoria de património cultural imaterial, pelo Ministério da Cultura.

Por outro lado, defendeu a sua inserção no currículo do ensino da Matemática em Angola, porque garante uma formação multicultural para todas as franjas.

Sona, que significa escrita na areia, era uma forma de comunicação dos ancestrais da região leste do país, predominada pelo povo Tchokwe, que escreviam mensagens por gravuras em paredes de casas, árvores e no chão (areia) nas aldeias, para serem decifradas pelos demais membros da comunidade.

Estas gravuras (Sona), de difícil entendimento, encontram-se, actualmente, no Museu Dundo, e num livro que aborda a cultura bantu e já foi retratada na longa-metragem “Os deuses da água”, numa co-produção entre a Argentina e Angola, em 2013.

Pesquisas feitas recentemente indicam a existência, na altura da gravação da longa-metragem, de apenas um ancião, funcionário do Museu do Dundo, que ainda praticava o Sona e que foi um dos actores locais do filme.

Actualmente, existem mais de 10 obras científicas, publicadas em várias partes do mundo, a retratar o Sona e nenhuma em Angola.

Em 2017,  a UNESCO declarou o centro histórico da cidade de Mbanza Congo, norte de Angola, como Património Mundial da Humanidade.

A primeira validada no país pela UNESCO, Mbanza Congo, foi a capital do estado mais poderoso da região austral de África, influenciando económica e politicamente muitos outros Estados vizinhos na altura.





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