Luanda - Os grupos carnavalescos tiveram uma grande preparação na edição 2024 do carnaval, desde a indumentária, coreografia e canções, afirmou esta segunda-feira, em Luanda, o jornalista Arlindo Isabel.
Falando no desfile principal da 46ª edição do Carnaval de Luanda, presenciado pelo Presidente da República, João Lourenço, acompanhado da Primeira-dama da República, Ana Dias Lourenço, o também editor literário avaliou positivamente os grupos que se apresentaram na Nova Marginal de Luanda.
Considerou satisfatória a forma como as direcções dos grupos abraçaram o desafio do desfile, dando esperança de vitória aos membros.
Segundo o jornalista, fruto da entrega do colectivo, os conjuntos produziram e reproduziram bons conteúdos no Entrudo.
Sobre as canções, reiterou que os temas apelam para o resgate dos valores culturais e da identidade angolana.
Comparativamente a edição de 2023, disse que há um grande progresso na constituição dos grupos, que procuraram trazer integrantes mais jovens e envolventes.
Para si, o carnaval não deve se basear apenas no valor monetário, porquanto esta festa é “o desabrochar da alegria, folia e deve estar acima de qualquer coisa”.
Por outro lado, salientou ser necessário que o povo angolano acredite em si mesmo, de forma que, unido, ajude o país a progredir.
Corroborando da ideia, a directora da Comunicação Social do município de Luanda, Isabel Ganga, disse que o momento é de emoção e alegria.
Para si, o carnaval é a maior festa cultural do país, onde todos têm a oportunidade de ver homenagens e histórias de figuras emblemáticas do país.
Por isso, apelou aos angolanos a vivenciarem o momento do desfile dos grupos, com alegria e diversão.
Já a radialista e actriz Solange Feijó, bastante empolgada e expectante com a apresentação dos grupos, disse acreditar que com o aumento do valor do prémio, os grupos terão maior envolvência em termos de indumentária, adereço e enredo.
Lamentou o reduzido número de espectadores registado na Nova Marginal de Luanda, comparativamente às edições anteriores.
O radialista Miguel Neto disse que acompanha o carnaval desde a sua infância, tempo em que a maior festa popular era comemorada nas principais ruas das cidades.
Para si, o carnaval deste ano não sofreu muita evolução, tendo salientado o reduzido número de grupos de apoio.
“os grupos de apoio deveriam continuar para dar mais alegria aos que assistem o entrudo apartir de casa, mas vamos aproveitar o momento e os canções rítmicas”, explicou.
Já o agente cultural Maneco Vieira Dias reconheceu que os grupos estão totalmente renovados, surpreendendo em termos de enredos e adereços criados.
Conforme o responsável, os grupos vieram para competir e trazem uma dinâmica muito grande.
A edição decorre de 10 a 13 de Fevereiro, sendo o último dia reservado ao desfile de rua nos municípios que compõem Luanda.
No total, 43 grupos carnavalescos desfilam neste evento, sendo 13 da classe A, igual número da B e 17 da classe infantil.
O primeiro classificado da 46ª edição do carnaval de Luanda, na classe A, vai receber a quantia de 15 milhões de Kwanzas, como prémio, contrariamente aos cinco milhões da edição 2023.
O segundo classificado vai receber 10 milhões de Kwanzas e o terceiro cinco milhões.
Na classe B, o primeiro classificado vai receber cinco milhões, o segundo três milhões e o terceiro classificado a quantia de dois milhões de kwanzas.
Para a classe Infantil, a organização vai atribuir aos vencedores a quantia de oito milhões, seis milhões e quatro milhões, respectivamente.
O corpo de jurado, composto por 21 elementos, vai avaliar sete categorias como alegoria, canção, dança, painel, falange de apoio, a corte e o comandante.
Em 2023, o grupo União Recreativo do Kilamba venceu na classe A, a União Operário Kabokomeu na classe B e os Cassules Viveiros do Njinga Mbande na classe Infantil. EVC/OHA