Lubango – Músicos do estilo rap, grafriteiros e dançarinos estarão, este sábado, 14, reuidos na primeira Conferência Provincial de Hip-hop, para discutir o estado actual da múscica e projecções para o futuro.
Em tempo de pandemia, a comunidade Hip-Hop da Huíla está viver os seus dias mais difíceis, traduzidos na falta de espectáculos, de espaços para ensaiar e de apoios, forçando parte de seus membros a optar por outros estilos de música, enfraquecendo ainda mais o grupo.
A comunidade, que existe desde 2006, controla mais de 200 membros, dos quais 130 são rappers ou MC´s, um DJ, quatro grupos de breack dance e 12 grafiteiros.
Em declarações à ANGOP, no Lubango, o presidente da comunidade, Simon Júnior, informou que os artistas, com a pandemia, passam por dificuldades, por não conseguirem desenvolver a arte.
Ainda assim, fez saber que, para incentivar a continuidade da arte, a comunidade está a apostar na massificação da sua cultura, através de um espaço radiofónico.
No capítulo do grafite, parte da comunidade, Simon Júnior realçou que os membros são enquadrados num programa da administração municipal do Lubango ligado a arte de grafitar desenhos e pinturas em diversas paredes do casco urbano da cidade.
Fez saber que têm promovido formações, conteúdos que são partilhados com os membros, para estarem actualizados sobre a movimentação e evolução da cultura.
A Conferência de Hip hop vai abordar a essência do hip-hop, o decimo sexto artigo da declaração de paz e enquadramento do hip-hop, contributo da nova escola no desenvolvimento do hip-hop local, reactivação e massificação da cultura nos municípios comunas e bairros, economia criativa, resiliência, exposição de produtos ligados a cultura hip hop.
Hip Hop é uma cultura popular que surgiu entre as comunidades afro-americanas do subúrbio de Nova York (EUA), na década de 1970. A música é a principal manifestação artística do Hip-hop, que também tem na dança e no grafite forte representação. Na Huíla a mesma surgiu nos anos 90.
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