Dundo – A curadora e coordenadora da Comissão Instaladora do Palácio de Ferro, Arleth Leandro, apelou, nesta quinta-feira, aos investigadores científicos e historiados para investigarem a origem da infra-estrutura que continua a ser um mistério.
O Palácio de Ferro é um edifício histórico de Luanda, que se crê ser da autoria de Gustave Eiffel, o mesmo que desenhou a Torre Eiffel, em Paris, França, tem um piso e três salas de exposições.
O edifício possuiu uma original decoração em filigrana metálica e tem um soberbo a varanda do envolvente, sendo o melhor exemplar da arquitectura do ferro em Angola.
Durante o período colonial o edifício gozava de grande prestígio e foi usado como centro de arte. Após a independência de Angola e a subsequente Guerra Civil Angolana, o palácio entrou em ruína e o espaço envolvente foi transformado num parque de estacionamento.
Em declarações à Angop, a propósito da exposição fotográfica que vai retratar o processo de restauração e revitalização do Palácio de Ferro, reinaugurado em Janeiro de 2016, a curadora considera fundamental que se conheça, de facto, a origem do palácio, a fim de se transmitir a nova geração e futuros historiadores.
Arleth Leandro defende que seja, igualmente, realizado um trabalho profundo pelo Ministério da Cultura para que, futuramente, o Palácio concorra para património histórico mundial.
“É preciso que haja um trabalho conjunto entre os investigadores científicos, historiadores e o Ministério da Cultura na recolha de documentos específicos, registos fotográficos e peças importantes que ajudam a situar o palácio no tempo, para que a origem deixe de ser um mistério”
Em relação a exposição, disse será documental e retrata o processo de restauração e revitalização do Palácio. Vai decorrer de 4 de Dezembro do ano em curso a 4 de Fevereiro de 2021.
Pretende-se, para o efeito, manter viva a memória histórica do palácio, contando a história desde a data do surgimento, em 1890, passando pela primeira década de 2000, altura em que se dá início ao processo de revitalização, culminando com a reinauguração, em 2016.
A mesma estará aberta ao público e as entradas serão gratuita sob fortes medidas de biossegurança, face à Covid-19.
Marcará as celebrações do 40º aniversário da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA E.P.).