Balombo - O Tchingange, Onhatcho e o Litamba, danças tradicionais do Balombo, provincia de Benguela, estão em vias de extinção e precisam de ser resgatadas com urgência, soube a ANGOP.
Segundo a directora municipal da Cultura e Turismo, Bibiana Nassessa, que falava à ANGOP, a Administração local está em contacto com as autoridades tradicionais para procurar as pessoas que ainda dominam aquelas danças para passar o legado à juventude.
Em função disso, os dançarinos são convidados a participar nas comemorações na sede do municipio para mostrar a sua perícia à população.
Porém, a juventude, embora mobilizada, ainda não tem mostrado o interesse desejado, segundo a directora.
"Temos feito campanhas de sensibilização e palestras para mostrar a importância desses valores culturais", infomou.
Em relação a música e teatro, contou que a intervenção desses artistas tem sido razoável, embora encontrem dificuldades em termos de espaços para apresentar a sua arte.
"O único centro cultural do município encontra-se em mau estado de conservação por ter sido vandalizado no tempo dos conflitos", revelou a directora.
O movimento cultural no Balombo precisa de mais dinamização em função dos poucos artistas existentes, bem com as dificuldades que estes enfrentam para exibir os seus talentos, de acordo com Bibiana Nassessa.
Sector turístico por explorar
A zona que alberga a nascente das águas térmicas do cota-cota, maior atracção turística do Balombo, encontra-se em mau estado de conservação.
A directora revelou que a Administração está a espera de verbas para recuperação da infra-estrutura, embora a população faça uso daquele local diáriamente.
"Até há alguns anos a infra-estrutura estava a ser exploradoa por um empresário mas este adoeceu e a partir daí, já não há ninguém que tome conta daquilo, por isso, voltou sob a tutela da Administração", explicou.
Testemunhas afirmam que no tempo colonial, os turistas aproveitavam as aquelas águas termais para tomar banho e levar alguma quantidade de regresso a casa, por razões medicinais.
Ao lado, está uma hospedaria, em escombros, que servia para albergar turistas, nacionais e estrangeiros, que vinham de várias partes do país para deleitar-se com as águas quentes do cota-cota. TC/CRB