Lubango – Escritores afectos ao Movimento Lev´arte defenderam no Lubango, província da Huíla, a necessidade do governo subsidiar publicações literárias, como forma de incentivo à expansão da literatura na sociedade.
Falando à ANGOP, nesta cidade, no término de um evento cultural de poesia que marcou o ciclo artístico do movimento Lerv´arte 2023, no fim-de-semana, os escritores foram unânimes em defender a necessidade de dar-se mais a atenção àqueles que escrevem o pensamento, para o crescimento literário em Angola.
O escritor, Raz Nuimba Ngola, proveniente de Luanda, considerou pertinente redimensionar o problema da falta de apoio, para o fim de projectar além-fronteiras aquilo que se produz em Angola, em temos de conhecimentos a todos níveis.
Para ele, a literatura é modalidade artística que tem como matéria-prima a palavra, usada na construção de histórias ou na expressão de emoções e ideias, pelo que merece mais atenção das autoridades, por tratar-se de um segmento com poucos proventos.
Na mesma senda, o escritor, Mbuta Kene, da província do Huambo, entende que a literatura é a arte da palavra, logo, é imprescindível que os seus fazedores tenham a produção subsidiada, para que o produto final chegue mais barato aos leitores.
Já o autor da Brigada Jovem de Literatura, na Huíla, Xia KMK, destacou a pertinência de ver cada vez mais melhorado e publicadas as obras literárias dos fazedores da arte e da letra, onde dever-se-ia dar mais atenção daqueles que escrevem o pensamento.
Segundo o escritor, há ainda um “grande” trabalho por parte dos fazedores da arte e da literatura que estão a emergir e procuram fazer uma literatura que valha à pena, mas esbarram na carência de recursos.
Em contrapartida, o coordenador provincial da Academia dos Autores da Huíla (ASA), Valdemar Ribeiro, considerou imprescindíveis que o país invista mais em casas de livros, para estimular o censo cognitivo do homem.
Lembrou que a organização que dirige está a editar e publicar no portal da ASA/Huíla gratuitamente as obras literárias e não literárias no formato digital, para facilitar que os escritores contribuam com o seu saber.
“Angola é um país culturalmente diversificado e é necessário que novos escritores, mesmo aqueles que já andam nisso há algum tempo que continuassem a vincar aquilo que é a memória colectiva dos povos de Angola”, disse. JT/MS