Foliões solicitam envolvimento da classe empresariado no Carnaval

     Cultura           
  • Huambo     Segunda, 05 Fevereiro De 2024    16h02  
Grupo carnavalesco em exibição
Grupo carnavalesco em exibição
Joaquim Tomás - ANGOP

Huambo – Grupos carnavalescos da província do Huambo solicitaram, esta segunda-feira, maior envolvimento da classe empresarial na festa do Entrudo, para promover a qualidade necessária no desfile, por parte da coreografia, indumentária e outros atractivos essenciais.

Em declarações à ANGOP, a propósito dos preparativos da edição 2024 da fase provincial do Carnaval, consideraram ser importante um maior apoio dos empresários nacionais, pois o Governo não pode, de forma unilateral, ser sempre o principal patrocinador dos prémios e outros afazeres.

Natinho Jackson, do grupo carnavalesco JN School, disse que os membros atravessam muitas dificuldades financeiras para a preparação da coreografia, indumentária, gravação das músicas e outras exigências do jurado, o que afugenta alguns foliões, principalmente os jovens.

Lamentou o facto de, por falta de patrocínio, os grupos serem obrigados a esperar os apoios habituais das administrações municipais e o do Governo da província, o que tem contribuído, significativamente, no atraso dos preparativos dos materiais da festa, por parte dos grupos carnavalescos.

No seu entender, é hora dos empresários apoiarem mais os grupos, entre 500 mil e 700 mil Kwanzas, para além de transporte dos foliões durante a exibição da maior festa popular, de modo a apresentarem indumentárias, coreografias e músicas inéditas e inovadoras mais atractivas.

O responsável do grupo vencedor da fase municipal 2024 do Carnaval no Huambo, poderão apresentar na edição provincial mensagens sobre a necessidade da massificação do desporto escolar, numa mistura de dança tradicional e contemporânea, para convencer o corpo de jurado.

Hélder Tomás, do grupo Fogo Negro o mais titulado, disse que as dificuldades financeiras têm condicionado as participações condignas nos últimos desfiles do Carnaval.

Com 11 títulos conquistados, em 30 participações, disse que o grupo, através dos seus membros e da Administração do município do Huambo, está a lutar para resgatar a sua mítica na cultura local, pois não tem tido qualquer apoio de empresários.

Por sua vez, a responsável do grupo tradicional Essandjo Lio Wini, Bela Essandjo,  enalteceu os apoios prestados pelo Governo do Huambo, tanto financeiro, como institucional, para a organização da indumentária e outras acções em falta, para o bom desempenho necessário.

Com mais de 100 foliões, entre infantis e adultos, disse que vai apresentar na fase provincial a diversidade cultural dos estilos de dança Olondongo e Olonhatcha desta região do Planalto Central, para o engrandecimento dos hábitos e costumes locais.

Para Isabel Jepele, do grupo de dança tradicional Doutor Agostinho Neto, referiu que as qualidades das indumentárias são preparadas de acordo com os apoios prestados pelas administrações municipais, o que no seu entender é difícil, pois nem sempre os valores são suficientes.

Para este ano, o Carnaval provincial, previsto para 11 (infantil) e 12 (adultos) do corrente mês, com o palco na avenida Alioune Blond Beye, no bairro Académico, interior da cidade do Huambo, tem como lema “A diversidade cultural como factor de atracção turística”, com a participação de 39 grupos carnavalescos, entre infantis, tradicionais e adultos.

Destes, destaca-se os tradicionais (Agostinho Neto, Deolinda Rodrigues, Tuyula, Hoji-ya-Henda, Elisemba, Mbulu Yo Ngombe, Essanjo Yo Wine, Katyavala e Ongonjo), infantis (Mártir da Canhala, Comandante Kuenha, 4 de Abril, Augusto Ngangula, 7 de Novembro, Estrelinha do Fogo da Paz, Fogo Negro, Zona Verde do Pinto, Pôr-do-Sol, Crianças Unidas, Rainha do Milho e Okutiuka).

Para adultos constam JN School, Gruta do Ucuma, Elenco do Povo, Tchimbilundo, Ovinjenje, Liceu Mártir da Canhala, Otchicacala e Ecos da Gruta.

O grupo Okutiuka, do município do Huambo, venceu a última edição da fase infantil do Carnaval do Huambo, enquanto o Rainha do Milho (Caála) e 7 de Novembro (Cachiungo), ocuparam o segundo e o terceiro lugar, respectivamente.

Já em adultos, com 12 participações, o grupo Ecos da Gruta, do Cachiungo, venceu a edição 2023, o Ovinjenje (Chinjenje) e Tchimbilundu (Longonjo), respectivamente, ficaram na segunda e terceira posições.

No desfile de dança tradicional, venceu o grupo Katyavala, do município do Bailundo, seguido pelos grupos Deolinda Rodrigues (Ucuma) e Ongondjo (Longonjo). ZZN/JSV/ALH





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