Grupos carnavalescos em Cambambe precisam de apoio

     Cultura           
  • Cuanza Norte     Segunda, 13 Fevereiro De 2023    09h49  
António Abilio, comandante do Estrelas de Cacesse
António Abilio, comandante do Estrelas de Cacesse
Diniz Simão-ANGOP

Dondo – Os grupos carnavalescos no município de Cambambe(Cuanza Norte) estão preocupados por falta de apoio para a participação na presente edição da festa do carnaval, a decorrer entre os dias 18 e 21 deste mês.

Em declarações à ANGOP, António Abílio, comandante do grupo Estrela de Cacesse, fundado nos anos 40, na cidade do Dondo, sede do município, considerou que está cada vez mais difícil manter a tradição do grupo, devido à falta de incentivos para as despesas do carnaval.

Para António Abílio, até a década de 90, os grupos ficavam animados com o apoio que recebiam do Ministério da Cultura, destinado à aquisição de indumentária, batuque, corneta e outras despesas decorrente da actividade, para uma boa exibição. 

Perante esta realidade, desabafou, são obrigados a fazer recurso a contribuições dos bailarinos, o que reflecte negativamente nos níveis de organização e está a desencorajar muitos jovens a integrar em grupos de carnaval.

Em 2020, o grupo representou o município de Cambambe no desfile provincial e conquistou o segundo lugar.

Para o comandante esta classificação, que considerou uma desilusão, foi consequência da fraca preparação.

Felizardo João Domingos, comandante do grupo Cidrália da Mangueira, fundado em 1956, também manifestou desagrado por falta de apoio aos grupos que pretendem dançar o carnaval.

No passado, recordou, havia maior valorização dos grupos, incluindo o apoio da classe empresarial, que permitia boa participação no carnaval.

Informou que o grupo, que ainda não iniciou os ensaios, vai participar nesta edição do carnaval 2023, com a  contribuição dos membros.

Filomena Nzage, ex- rainha da Cerâmica, hoje presidente da agremiação, também fez referência à importância que era atribuída aos grupos no passado, porque  o carnaval é a mais popular manifestação cultural dos angolanos, que deve reter a atenção de todos.

"Hoje, não é fácil organizar um grupo, mas há necessidade de os manter porque é ali onde se manifesta os nossos hábitos e costumes e apesar das dificuldades as comunidades abraçam esta causa, afirmou.

A presidente do grupo Cerâmica defendeu a necessidade de haver um fundo específico de suporte ao carnaval, para manter os grupos, incentivar a nova geração e permitir o surgimento de mais organizações.

Entretanto, o director municipal da cultura, João António dos Santos, considerou justas as preocupações apresentadas pelos grupos, assegurando que o assunto tem merecido a atenção das autoridades locais, que trabalham para a captação de recursos destinados à apoiar o carnaval.

Nesta edição 2023,  seis grupos vão participar no desfile municipal do carnaval em  Cambambe.

Encorajou os grupos a manterem-se organizados, tendo em vista a importância do carnaval que é considerado a mais alta manifestação do povo angolano. MF/IMA

 





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