Lubango – A inaugurção de uma exposição itinerante composta por fotografias que retratam a história do Carnaval na província da Huíla, no período pós-independência, marcou hoje, terça-feira, no Lubango, a homenagem aos grupos carnavalescos.
A exposição está patente na antiga estação do CFM, mas será apresentada noutros pontos da cidade a cada três dias, até ao final do mês.
O objectivo é mostrar a trajectoria do Carnaval de 1978 a 2020 e despertar na sociedade huilana a importância do Entrudo na preservação dos valores culturais.
Foram assim homenageados, com diploma, os grupos A Luta Continua, Muila da escola 1º de Dezembro, Twendey Tukahetekey, na classe de infantil, Ouro Negro da Tundavala, Epata Lituima e do Ferrovia (Adultos).
A actividade ficou igualmente marcada com a realização de um acto de homenagem de entidades singulares que ao longo dos últimos dez anos desenvolveram o trabalho de pesquisa e formação de coreógrafos para o carnaval.
O delegado provincial da justiça e direitos humanos, na Huíla, Lisender André, sublinhou que a exposição fotográfica retrata seis grupos carnavalescos que, nos últimos 43 anos, desfilaram de maneira espontânea pelas ruas do Lubango.
Frisou que é um acto que valoriza os grupos carnavalescos e incetiva-os a contribuir continuamente no programa de desenvolvimento cultural, através das suas danças modernas e tradicionais.
A homenagem estendeu-se as categorias de melhores rainhas, reis, comandantes, canção, alegoria e à uma sobrevivente do acidente do Carnaval ocorrido em 2005, na Nossa Senhora do Monte, em que o despiste de um camião causou a morte de 21 pessoas e o ferimento de 70 outras que assistiam ao desfile.
Esta foi uma actividade que marcou o feriado de carnaval na Huíla, isenta de desfile público, devido a pandemia da covid-19.