Luanda - Uma obra fotográfica intitulada “Angola Colonial”, a retratar a importância que os missionários metodistas tiveram nas suas actividades sociais em território angolano, na época antes da independência, foi lançada hoje, em Luanda, pela Fundação António Agostinho Neto.
A obra tem 256 páginas e de autoria do norte-americano Paul Bleke.
Conta o contributo de 25 fotógrafos, o histórico das igrejas Protestantes no país, assim como as actividades sociais no território nacional.
O lançamento do livro, que está a ser comercializado ao preço de cinco mil kwanzas, consta das actividades alusivas ao Dia da Independência Nacional, a assinalar-se nesta quarta-feira (dia 11) e do pré-centenário do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, que nasceu em 1922, em Kaxicane (Icolo Bengo).
No acto de apresentação do livro, a secretária de Estado do Presidente da República para os assuntos sociais, Fátima Veigas, disse que a constitui uma referência pela relevância histórica e ilustrativa dos feitos, numa linguagem clara, directa, pouco metafórica e esteticamente bem concebida.
Com grande habilidade literária, o autor combina as narrações históricas da implantação do metodismo em Angola, com reportagens fotográficas, das actividades espirituais, sociais de missionários estrangeiros, nas diversas regiões no país.
Por sua vez, o administrador da Fundação António Agostinho Neto, Amarildo da Conceição, em representação da presidente da referida Fundação, Maria Eugenia Neto, referiu que o contributo da igreja metodista para o alcance da independência foi determinante, essencialmente pelas obras dos missionários que incutiam a fé através da palavra, assim como na construção, não só igrejas, mas também de escolas, hospitais e asilos.
Aproveitou também a ocasião para render uma homenagem ao reverendo Agostinho Pedro Neto, pai de Agostinho Neto, pelo trabalho que realizou na Igreja Metodista Unida, por ter expandido a igreja no Bengo.
Já o presidente da Fundação Sagrada Esperança, Roberto de Almeida, disse que o metodismo em Angola foi o grande precursor da educação dos nativos, por congregar, nas suas escolas, os filhos daqueles que não tinham condições financeiras.
O lançamento contou com a presença do vice-presidente de Angola, Bornito de Sousa, da governadora provincial de Luanda, Joana Lina, entre outros convidados.
O livro será também lançado nas províncias do Bengo e Malanje.